Riva defende discussão, mas é contra divisão de MT

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), analisou como "incongruente" a discussão a respeito de uma nova divisão de Mato Grosso. Em entrevista a Rádio Cidade, nesta sexta-feira (27), o parlamentar afirmou que, mais do que uma divisão territorial, o Estado precisa de efetivas ações governamentais.

O tema foi abordado, nesta semana, pelo presidente da Casa, durante discurso em plenário. Atualmente, no Congresso Nacional, há Projetos de Decretos Legislativos para mudar a configuração geográfica de Mato Grosso, com a criação de dois novos estados: Mato Grosso do Norte e Araguaia.

O primeiro projeto é de 1995, de autoria do deputado federal Wellington Fagundes (hoje PR e, na época, PL), que propunha um plebiscito para discutir a criação do Estado do Mato Grosso do Norte. Em 1999, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), o PDS-18/1999 sugeria discutir a criação do Estado do Araguaia.

Praticamente com o mesmo teor, desde 2009, os projetos de criação dos estados se uniram no Projeto de Decreto Legislativo número 850/2001, tendo como autor o senador Mozarildo.

Para Riva, a incoerência se iniciou quando um parlamentar de outro Estado – no caso, Mozarildo – propôs a divisão de Mato Grosso. Porém, excetuando este fato, outro ainda maior é que os novos estados não significariam, de forma alguma, a melhoria da economia dos municípios da região do Vale do Araguaia e do Norte.

"Não adianta fomentar uma discussão nesse sentindo. O Governo que precisa estar presente. Uma ideia é a criação de secretarias de desenvolvimento regional, específicas para atender as regiões. Tem gente que, por exemplo, vem do Araguaia para resolver problemas na Capital com o Governo e fica uma semana e não resolve. Com as pastas, não haveria necessidade de sair de lá", avaliou.

O deputado ainda lembrou que a região do Vale Araguaia, inclusive, já recebeu o título de Vale dos Esquecidos, devido à falta de investimentos por parte do Governo do Estado, principalmente nos últimos oito anos de administração do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR). Outra região, segundo Riva, que passou pelo esquecimento é Oeste.

"Tem município que passa seis anos sem ter a visita de um governador. Temos que abrir essa discussão a respeito da criação dos estados, mas entender que a máquina é pesada, o Estado está inchado e é muito grande. Mas, não é dividindo ele que os problemas serão solucionados", afirmou Riva.

MT do Norte e Araguaia

Caso os projetos sejam aprovados no Congresso, 26 Estados atuais e o Distrito Federal (DF) que compõem o Brasil, o mapa pode mudar para 37 unidades, o DF e mais quatro territórios da União.

Confira a relação dos municípios que a criação dos dois Estados ganhariam:

Mato Grosso do Norte

Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Boa Esperança do Norte, Brasnorte, Carlinda, Castanheira, Cláudia, Colíder, Colniza, Cotriguaçu, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Itaúba, Juara, Juína, Juruena, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Matupá, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Nova Maringá, Nova Monte Verde, Nova Mutum, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, Novo Horizonte do Norte, Novo Mundo, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Rondolândia, São José do Rio Claro, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Sinop, Sorriso, Tabaporã, Tapurah, Terra Nova do Norte, União do Sul e Vera.

Estado do Araguaia

Água Boa, Alto Boa Vista, Araguaiana, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Campinápolis, Canarana, Cana Brava do Norte, Cocalinho, Confresa, Gaúcha do Norte, General Carneiro, Luciara, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim, Paranatinga, Pontal do Araguaia, Porto Alegre do Norte, Querência, Ribeirão Cascalheira, Santa Cruz do Xingú, Santa Terezinha, Santo Antônio do Leste, São Félix do Araguaia, São José do Xingú, Serra Nova Dourada, Torixoréu e Vila Rica.

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