Os investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso irão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (3), por um período de 24 horas. O objetivo é alertar o Governo do Estado para a necessidade de negociar reajuste salarial das categorias. Os servidores alegam que o setor não passa por uma reestruturação desde 2008.
Atualmente, o Estado possui 2.100 investigadores e escrivães, lotados em 104 municípios. O salário inicial de ambos é R$ 2.365,00 e, conforme o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, a proposta é que esse teto aumente para R$ 5.500,00.
"O salário que propomos é o equivalente ao valor que ganha um perito, no início da carreira. O que queremos, com o movimento, é que o governador Silval Barbosa abra o diálogo conosco e que cheguemos a um acordo, já que, até agora, não conseguimos nada", afirmou o sindicalista.
Além da paralisação das atividades na próxima semana, um assembleia-geral está prevista para ocorrer no mesmo dia, com indicativo de greve.
Caso as propostas para o aumento não sejam apresentadas, no dia 8 de junho ocorrerá uma nova manifestação, na Assembleia Legislativa. A previsão é de que participem mais de 400 policiais civis e que uma solução definitiva aconteça.
"Se o diálogo não tem sido viável por parte do Estado e nem com a paralisação ou ainda indicativo de greve, vamos fazer uma intervenção de peso na Assembleia. De lá, não sairemos sem uma solução", disse Cledison Silva.