O.B.M., 57, A.T., 44, e P.P., d43, foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de peculato e associação criminosa em General Carneiro (442 km a leste). O trio é acusado de desviar verbas destinadas à aquisição de merenda para estudantes indígenas da unidade escolar.
Os 3 eram, respectivamente, diretor e professores da escola da Aldeia Sangradouro. Segundo as investigações, os indiciados desviaram R$ 25.600,00, que foram repassados por meio de cheques assinados pelos investigados a parentes e pessoas próximas dos próprios autores do crime sem ter nenhum lastro e vínculo com a comunidade escolar.
Crime foi descoberto na nova gestão da escola, que tomou ciência e denunciou o caso à polícia. Para validar e manter as emissões de cheques, que se destinavam à aquisição de merenda escolar, os indiciados confeccionaram atas, sem dar publicidade, para conferir legalidade aos atos. Além disso, nas atas o novo diretor eleito da escola ficou impedido de ter acesso às decisões. Posteriormente, ele descobriu o esquema e denunciou à polícia.
Investigados ficaram em silêncio em seus interrogatórios e depois divulgaram entre a aldeia e a comunidade escolar que as assinaturas nos respectivos cheques seriam falsas, na tentativa de se eximir das responsabilidades e confundir as apurações da polícia.
Análises das prestações de contas feitas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apontaram as irregularidades graves, que geraram a instauração de Processo Administrativo Disciplinar.
O inquérito foi concluído neste mês durante o mutirão da Delegacia Regional de Polícia de Barra do Garças para reduzir o acervo de procedimentos policiais, evitando a impunidade. A Polícia Civil pediu o bloqueio e indisponibilidade dos bens dos indiciados.
O caso foi relatado pelo delegado Joaquim Leitão Júnior. “Não podemos admitir que verbas públicas destinadas à merenda escolar sejam desviadas, por quem que seja”, comentou.