Romilson Dourado
Silval Barbosa está com o seu secretariado praticamente definido, com exceção de duas pastas, a Casa Militar e a Ciência e Tecnologia. Dos 22 cadeiras de primeiro escalão, o peemedebista decidiu manter 11 secretários, incluindo alguns que já estão no governo Blairo Maggi há mais de três anos. Dois serão remanejados, sendo eles Éder de Moraes, que sai da Fazenda e assume a Casa Civil, e o coronel PM Alexander Maia, que deixa a Casa Militar e passa a comandar o Meio Ambiente a partir de 1º de abril.
Silval toma posse no próximo dia 31 para concluir os 8 meses de mandato da gestão Maggi, que começou em janeiro de 2003, com Iraci França de vice e, se reelegeu em 2006, desta vez com Silval de companheiro de chapa. Como buscará a reeleição, o peemedebista sonha com êxito nas urnas para prosseguir no mandato até 2014.
Nas negociações para montar o primeiro escalão, Silval se mostrou resistente com a velha guarda do seu partido, o PMDB, que chegou a ensaiar levante para emplacar alguns nomes. Por enquanto, não está dando trégua para o bloco capitaneado pelo cacique Carlos Bezerra e que tem como principais seguidores o ex-vereador cuiabano Totó Parente, o ex-deputado estadual Nico Baracat e o advogado e ex-superintendente do Incra-MT Clovis Cardoso.
Quatro partidos contarão com representantes no staff: PMDB, PT, PR e PP. Silval espera atrair outras legendas, como PDT e outras agremiações pequenas. Sob argumento de que não pode haver descontinuidade da gestão, optou por manter na equipe vários nomes que já exerciam cargos de segundo escalão. Seis adjuntos viram titulares: Edmilson dos Santos (Fazenda), Jilson Francisco (Desenvolvimento Rural), Reinaldo Loft (Projetos Estratégicos), Laércio de Arruda (Esporte e Lazer), Rosa Neide (Educação) e Oscemário Daltro (Cultura).
No geral, o governo Silval só terá mesmo dois estreantes: a própria esposa Roseli Barbosa, que assume o lugar de Terezinha Maggi na secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, e o médico Kamil Fares, que conduzirá a Saúde. Dos 11 secretários que vão ser mantidos, quatro foram nomeados recentemente, sendo eles Osmar de Carvalho (Comunicação Social), Vicente Falcão (Políticas Ambientais e Fundiárias), Arnaldo de Souza (Planejamento) e Vanice Marques (Desenvolvimento do Turismo).
Na Casa Militar, o peemedebista recebeu reivindicação do grupo do próprio Maggi para aproveitar o coronel Campos Filho, que deixa o comando-geral da PM para o também coronel Osmar Lino Farias. Outra opção sob análise de Silval é do tenente-coronel Ildomar Macedo, embora o futuro governador entende que pode nomeá-lo também como adjudante de Ordens. Macedo já atua como assessor direto do vice-governador.
Nos bastidores, Silval aposta todas das fichas no apoio do PP e, além da possibilidade de indicação de outros cargos para o partido de José Riva e Pedro Henry, abriu a Ciência e Tecnologia para os progressistas, já que Chico Daltro deixa a administração no dia 31 junto com Maggi e outros membros do primeiro escalão. Um dos nomes cogitados é do professor João Valente.