O governador Pedro Taques (PDT) fez um breve balanço dos 100 dias de sua gestão nesta sexta-feira (10) e lembrou os mais pessimistas de que “o estrago que foi feito no Estado por vários anos não pode ser consertado em 100 dias”. A declaração é uma clara resposta às críticas feitas pelos opositores.
Em entrevista à imprensa, o pedetista destacou aspectos positivos do Governo até o momento nas áreas consideradas prioritárias, como Saúde, Segurança e Educação públicas, além da infraestrutura do estado de Mato Grosso.
Na avaliação de Taques, a equipe do governo está “trabalhando firmemente”, mas ainda “falta muita coisa”. Para o governador, nesses 100 foi feito “o possível”.
“Eu entendo que, diante do que nós encontramos no Estado, do conhecimento que nós tínhamos do Estado, da administração que encontramos, fizemos o que era possível. Mas nós precisamos trabalhar muito para que possamos ter uma Saúde que traga dignidade para o cidadão, precisamos ter uma Segurança que traga paz, e estamos trabalhando firmemente para isso”, afirmou.
Entre as ações elencadas pelo governador, na área da Saúde, ele destacou os repasses para os municípios, que tiveram os atrasos regularizados. “Estava atrasado na administração passada e estamos passando mês a mês sem atraso para os municípios o repasse constitucional. Isso vai para a atenção básica e atenção primária”.
No início do ano, as dívidas do governo estadual com os 141 municípios de Mato Grosso, referentes ao ano passado, chegaram aos R$ 54 milhões. O valor, segundo a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), eram referentes apenas às áreas da Saúde e da Educação.
Já na pasta de Permínio Pinto, Seduc, Taques ressaltou a discussão sobre o valor do transporte escolar, ainda em curso com a AMM. O repasse desses valores também foi regularizado, segundo o chefe do Executivo.
Taques afirmou ainda que os índices de crimes graves, como homicídio, diminuíram “notadamente”, nas principais cidades do Estado, entre elas Cuiabá e Várze Grande. Os números serão expostos na terça-feira da semana que vem, dia 14 de abril.
O repasse de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) aos municípios também foi lembrado pelo gestor. Após guerra judicial tendo a AMM e Aprosoja como protagonistas, o governo firmou acordo, cumprindo decisão judicial favorável à distribuição de 50% dos recursos arrecadados pelo Fundo.
“Hoje, dia 10, esse repasse foi feito para os municípios, portanto nós estamos pagando o que é necessário do passado”, disse.
Por fim, lembrou as auditorias realizadas em todas as secretarias estaduais com a finalidade de verificar a legalidade dos contratos da gestão anterior, de Silval Barbosa (PMDB).
“Só pago o que foi feito auditoria e o que está dentro da lei, nãopago um real fora do que determina a legislação e fora do que determina a auditoria. O dinheiro não é meu, o dinheiro é nosso, por isso não pago um centavo que eu não tenha certeza que deva ser pago”.