Novas negociações apontam para uma série de novidades no novo secretariado do governador Silval Barbosa (PMDB). Com exclusividade, o blog apurou nesta quarta, junto a fontes no Palácio Paiaguás, que o deputado federal Wellington Fagundes, reeleito para o sexto mandato, deve ser secretário de Infraestrutura. Com isso, abriria vaga na Câmara para a suplente Serys Marly (PT), hoje senadora.
O deputado estadual reeleito João Malheiros, que já comandou a Casa Civil no governo Blairo Maggi, está confirmado na pasta da Cultura. Substituirá o seu afilhado político Oscemário Daltro. Teté Bezera, outra parlamentar eleita, passou a ser opção para o Desenvolvimento do Turismo, já que o PT não abre mão da Educação, pasta que detém a maior estrutura das 23 que compõem a máquina estadual. O PMDB insiste para comandar a Seduc, mas o governador já fechou acordo político com os petistas.
Silval está determinado a concluir a composição do staff até o dia 20. Passou a definir os nomes após uma série de reuniões e consultas aos principais partidos aliados, como PR, PMDB, PT e PP. Os republicanos, que conseguiram a maior bancada na AL com seis cadeiras, vão comandar sete secretarias.
Uma das novidades é a indicação do nome do segundo-suplente de deputado Emanuel Pinheiro para o Meio Ambiente. O Paiaguás ainda não bateu o martelo, mas está de acordo que Pinheiro deve ser prestigiado como secretário ou com abertura de vaga na Assembleia. Além de Pinheiro, o PR está emplacando mais seis no primeiro escalão, sendo eles Arnaldo Alves, que será remanejado da Sinfra para o Planejamento; Cézar Zílio na Administração; Pedro Nadaf, que continua na Indústria, Comércio, Minas e Energia, assim como Eder de Moraes na Casa Civil e Malheiros na Cultura.
O PP pleiteia uma secretaria com grande estrutura, como Educação, Saúde e Turismo. Para a Seduc indicou o nome do deputado eleito Ezequiel da Fonseca, mas, como o PT não recua da pasta e ainda enfrenta briga com o PMDB, os progressistas devem ficar com a pasta das Cidades. Ficaria sob Rodrigo Figueiredo, caso este não seja mantido em cargo federal (hoje é secretário-executivo do Ministério das Cidades) ou então com Ezequiel, o que abriria vaga na AL para o suplente Luizinho Magalhães. A Ciência e Tecnologia também está na cota do PP, presidido pelo vice-governador eleito Chico Daltro, que pode reassumir a pasta.
O PMDB do governador pressiona, sob a liderança de Carlos Bezerra, para ter espaço maior. Silval, por sua vez, considera como da cota do partido o seu próprio cargo, o de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, sob a primeira-dama Roseli Barbosa, e de Comunicação, com o jornalista Osmar de Carvalho. A participação será ampliada com Teté no staff, ou no Desenvolvimento do Turismo, que terá orçamento maior por causa do efeito Copa do Mundo de 2014, ou na Educação.
O PT quer continuar ao menos com a Educação. Quer ter como secretário Carlos Abicalil, se este não vier a presidir o FNDE, órgão vinculado ao MEC. Outro pleito petista é a Procuradoria-Geral do Estado, que passaria a ser comandada pelo procurador e suplente de deputado Alexandre Cesar. Nessa negociação, o grupo de Serys seria contemplado com abertura de vaga na Câmara à propria senadora, cujo mandato encerra-se em 31 de janeiro. Entraria no lugar de Wellington Fagundes.
Para a Justiça, a ser criada com desmembramento da Segurança Pública, o governador avalia duas opções: o advogado Francisco Faiad e ou o desembargador aposentado Paulo Lessa. São incógnitas os nomes que vão comandar a Saúde, Esportes e Lazer e Projetos Estratégicos. Para conduzir 10 pastas, o governador só não definiu ainda porque depende do fechamento de acordo com os partidos e da análise do perfil dos nomes indicados.