Volume de cheques diminui 78,8% em 15 anos

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O volume de cheques compensados diminuiu em 78,8% entre maio de 1994, logo após o início do Plano Real, e fevereiro do ano passado, segundo dados do BC (Banco Central).A popularização dos cartões de crédito e débito é apontada como a causadora da diminuição do uso do “cheque-pré” – operação de crédito que teve o seu auge nos anos 80.

No entanto, ao contrário do Reino Unido, onde o talão já se aposentou, ele deve permanecer no mercado pelos próximos 30 anos, segundo analistas ouvidos

Entre junho de 1992 e maio de 1994, foram compensados mensalmente entre 310 mil e 445 mil cheques. A partir de junho de 1995, no entanto, nenhum outro mês voltou a ter compensação de 300 mil cheques ou mais e, a partir de janeiro de 2003, o volume caiu para o patamar dos 100 mil e daí não saiu mais – chegando a um mínimo de 94 mil em fevereiro do ano passado.

O assessor técnico da Febraban, Walter Tadeu, diz que o cheque veio para ficar e terá seu espaço, como nos Estados Unidos, onde, apesar do grande volume de plásticos, ainda permanece.

– Não dá para dizer que no Brasil o cheque esteja no fim. O que pode acontecer é que o cheque poderá dividir o mercado com outras formas de pagamento.

Lojistas e calote

No comércio, a visão é praticamente a mesma. O velho talonário deve existir pelos próximos 30 anos, segundo Nabyl Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping). Ele destacou ainda que a maior segurança oferecida por empresas de consulta ao histórico de crédito dos clientes favorece a permanência do cheque.

Com ganhos no nível de renda e de emprego, os calotes no cheque diminuíram,segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, divulgado na semana passada. Em fevereiro, foram devolvidos 1,607 milhão de cheques, o menor número desde março de 1997 (1,419 milhão).

A Serasa aponta, no entanto, que a redução nas emissões será lenta. Em fevereiro deste ano, por exemplo, foram compensados apenas 1,85% a menos de cheques na comparação com janeiro. Trata-se do menor patamar desde setembro de 2008.

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