Diante dos inúmeros problemas a serem enfrentados para realizar a conclusão das obras do Veículo Leve sobr e Trilhos (VLT), o governo do Estado vai adotar medidas paliativas nas principais vias afetadas pelas obras do modal em Cuiabá e Várzea Grande.
A medida pretende minimizar os impactos causados aos comerciantes e lojistas das duas cidade e melhorar o fluxo de carros e pedestres, além de possibilitar um melhor uso dos espaços públicos, como os canteiros centrais das avenidas, que ficaram abandonados com a paralisação das obras.
Dentre as propostas, que ainda serão discutidas com a classe comercial, estão a criação de ciclovias, aumento no número de vagas de estacionamento e passarelas para pedestres. “Queremos humanizar a cidade”, destacou Carlos Alberto Oseko Junior, superintende de Projetos da Secretaria de Estado de Cidades (Secid).
As mudanças ainda estão sendo discutidas com a classe comercial. Segundo o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, será realizada audiência com os comerciantes de Cuiabá e Várzea Grande. “Queremos formatar este projeto em parceria com os comerciantes de ambas as cidades para que os transtornos causados sejam mínimos. Somente após esta etapa é que a proposta será apresentada ao governador Pedro Taques para ajustes e aporte de recursos financeiros necessários”.
Em relação a ocupação do espaço que compõe o trajeto do VLT, Chiletto reforça que toda estrutura utilizada para a readequação viária será móvel. “Vamos trabalhar de forma com que os espaços e ambientes montados nestes trechos sejam removíveis, já que tal trajeto pertence a uma outra obra do Estado”, complementou.
Dentre os trechos que compreendem a proposta estão as avenidas da FEB (Várzea Grande), Tenente Coronel Duarte, mais conhecida como Prainha, e Historiador Rubens de Mendonça (CPA), sendo as duas últimas localizadas em Cuiabá.
Atualmente o governo ainda não tem definido se vai haver a retomada das obras do modal sobre trilhos. O secretário da Casa Civil, Paulo Taques (PDT), já admitiu que o VLT pode não ser concluído. “Não podemos temer o raciocínio de não terminarmos o VLT. Estão demonizando essa possibilidade. Nós temos que analisar todas as hipóteses e variáveis”, disse em entrevista coletiva no mês passado.
De lá para cá, o governo entrou com uma ação contra o consórcio de empresas responsáveis pela obra e solicitou o bloqueio de R$ 300 milhões. A Justiça ainda deu prazo de 15 para o consórcio apresentar projetos executivos, o que, até o fechamento desta matéria não havia sido feito. Nesta terça-feira (7), consórcio e governo se reúnem em audiência de conciliação na Justiça Federal, para tratar do término da obra. (Com assessoria).