Mais de R$ 1 bilhão. Essa é a conta que o Palmeiras acredita ter “lucrado” com o ganho na arbitragem contra a WTorre, que diz respeito à comercialização do Allianz Parque, segundo apuração do ESPN.com.br.
A operação é a seguinte: no ano passado, o time alviverde lucrou R$ 45 milhões com o programa de sócios-torcedores do Avanti. Caso perdesse a “guerra das cadeiras”, os valores seriam comprometidos.
Isso porque a decisão, que saiu nesta terça-feira, delimita à construtora o direito de venda de apenas 10 mil cadeiras, como queria o clube alviverde, e não a totalidade, como gostaria a construtora.
Caso tivesse direito a comercialização da totalidade das 43 mil cadeiras do Allianz Parque, a WTorre poderia ter seu próprio programa de vendas de cadeiras, deixando o Avanti de lado.
Assim, como a construtora terá direito a 10 mil cadeiras, o Palmeiras pode utilizar o restante do estádio com o Avanti pelos próximos 30 anos.
Como arrecadou R$ 45 milhões em 2015, o clube multiplica o valor por 30 e faz uma regra de 3 para obter cerca de 77%, equivalentes a 33 mil cadeiras de 43 mil.
No total, com base na arrecadação de 2015, mais de R$ 1 bilhão com o Avanti pelas próximas três décadas.
O imbróglio entre Palmeiras e WTorre surgiu pelas diferentes maneiras de interpretação do contrato envolvendo o Allianz Parque.
O clube entendia que a construtora tem direito de comercializar apenas 10 mil cadeiras, enquanto a WTorre acreditava que era responsável pelo total.
A câmara de árbitros da Fundação Getúlio Vargas deu ganho de causa ao Palmeiras contra a WTorre, em briga que envolve as cadeiras do Allianz Parque.
Deve se ressaltar que a arbitragem ainda tem outros pontos para decidir, mas esse era o ponto principal em discussão no tribunal da FGV.
Ainda existe uma segunda rusga na arbitragem entre WTorre e Palmeiras, em discussão por questões relativas ao programa Avanti, que abrange os sócios-torcedores alviverdes. No entanto, não cabe mais recurso na arbitragem.
