O FDA, agência do governo dos Estados Unidos que regula o mercado de medicamentos e alimentos, está analisando o medicamento, que tem a substância flibanserin como princípio-ativo, como forma de tratamento para mulheres que estão na pré-menopausa e não sentem desejo sexual. Desde o bem-sucedido lançamento do Viagra, em 1998, o mercado busca uma versão feminina para o remédio, mas sem sucesso.
Em um estudo divulgado nesta quarta-feira (16) em seu site, o FDA diz que os estudos da Boehringer não conseguiram demonstrar que a flibanserin tem capacidade para aumentar o desejo sexual. As mulheres que participaram dos estudos disseram ter melhorado um pouco a satisfação na cama, mas o FDA informou que isso não é suficiente.
– A agência queria verificar se a pílula era capaz de aumentar o desejo como um todo, não levando em conta se a mulher teve ou não uma relação sexual.
O órgão também registrou efeitos colaterais consideráveis, como aumento de depressão, desmaios e vertigens.
Grande parte dos cientistas dizem que é difícil criar uma versão feminina do Viagra em razão de a falta de desejo na mulher estar muito ligada à qualidade do relacionamento e ao estilo de vida, e não só de processos químicos no cérebro ou outras partes do corpo.