Um novo desgaste para a Câmara de Vereadores de Colíder (160km de Sinop). Ontem, um dos membros da comissão de ética criada para investigar o envolvimento da vereadora Regiane Rodrigues de Freitas (PRP) com o tráfico de drogas na região, decidiu sair alegando "inércia" nos trabalhos. Trata-se do vereador Luiz Donizetti Rocha, que também presidiu a mesma comissão no ano passado. Ele foi o autor de dois pedidos de afastamento da parlamentar, ambos negados.
Em sua decisão, o vereador diz não estar havendo celeridade na condução dos trâmites. "Faz mais de 25 dias da nova composição [da comissão] e sequer foi aprovada agenda de trabalho do conselho visando às diligências necessárias no tocante às notificações da vereadora Regiane, seu advogado e das testemunhas por ela indicadas para o colhimento de suas oitivas", manifestou Rocha, em comunicado enviado à presidência câmara.
Luiz Rocha diz que sua decisão é terminativa, isto é, que não voltará para a comissão de ética, atualmente presidida por Benedito Brito e composta também pelo Admar Mânica. "Sem celeridade nas investigações é gritante o desejo que a coisa não ande", criticou. A nova comissão foi eleita em fevereiro.
O último pedido de afastamento da vereadora Regiane Freitas foi negado neste mês. A mesa diretora do Poder Legislativo alegou estar a parlamentar licenciada para tratar de interesses particulares.
Recentemente, o Tribunal de Justiça negou o quinto pedido de liberdade requerido pela defesa da parlamentar. Regiane permanece presa no batalhão dos bombeiros em Cuiabá.