Ex- presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), deixou o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), na tarde desta sexta-feira (8), onde permaneceu preso durante 187 dias. Ele conseguiu um habeas corpus na noite desta quinta-feira (7) , no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi solicitado pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch, no dia 21 de março deste ano.
Ele deixou a cadeia no dia do seu aniversário de 57 anos e também aniversário de Cuiabá (feriado municipal) e disse que ia comemorar com a família e matar as saudades, principalmente, dos netos.
Riva ficará sem tornozeleira até a próxima segunda-feira (11), pois os responsáveis pela colocação do equipamento não estavam no Fórum de Cuiabá na tarde desta sexta-feira. Na saída do Fórum, Riva falou com a reportagem do Gazeta Digital e disse que o Supremo não determinou nenhuma medida cautelar, mas o judiciário mato-grossense, segundo ele, decidiu pelas cautelares que incluem uso tornozeleira eletrônica e proibição de manter contato com outros réus na mesma ação penal.
O HC foi autorizado pelo ministro mato-grossense Gilmar Mendes, que citou não existir dados concretos que justifiquem a prisão do ex-parlamentar. A juíza plantonista Renata do Carmo Evaristo foi quem assinou a ordem de liberdade atendendo a decisão do STF. Depois de sair do Centro de Custódia, Riva entrou no carro da família que o aguardava e se deslocou até o Fórum da Capital.
Na 9ª Vara Criminal, um servidor plantonista informou ao advogado Mário de Sá, que acompanhava Riva, para retornar na segunda-feira com o ex-deputado. Ele não quis dizer à reportagem qual era o procedimento que não pôde ser realizado. No entanto, em conversa com a reportagem, José Riva confirmou que não tinha ninguém para instalar a tornozeleira e assim ele ficará o final de semana livre do monitoramento.
Em entrevista aos jornalistas que aguardavam a saída do ex-parlamentar do Centro de Custódia, Riva disse acreditar na Justiça e em Deus. Sobre o processo, ele irá se pronunciar em outro momento.
Prisão
Riva está preso desde 13 de outubro de 2015, quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Metástase, que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, por meio da extinta verba de suprimentos.
O ex-deputado também é investigado em outras duas operações, a Imperador e Ventríloquo, todas deflagradas pelo Gaeco.
Veja o momento em que Riva deixa a prisão