Dia D para vacinação contra paralisia infantil e o sarampo acontece hoje (8) em Mato Grosso. A data, que também marca o início da campanha nacional, é uma forma de mobilizar a população e alertar sobre a importância da aplicação das doses. Em Cuiabá, os postos de saúde não participarão da ação nacional. A campanha terá início apenas na segunda-feira (10).
A meta mato-grossense é vacinar 225,6 mil crianças, de seis meses a 5 anos incompletos, contra a poliomielite, e outras 199,9 mil com idade entre 1 a 5 anos incompletos, contra o sarampo. A campanha, que é nacional, segue até o dia 28 de novembro.
Gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT), Valéria Cristina da Silva explica que 1,5 mil profissionais, em 800 postos de saúde, estão mobilizados para alcançar a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para Mato Grosso. Ela informa que 315 mil doses da vacina oral poliomielite (VOP) foram distribuídas nos 141 municípios. O mesmo ocorre com tríplice viral, destinada à vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola, que contabiliza 240 mil doses já repassadas para as unidades de saúde.
Em relação à poliomielite, Valéria Silva explica que o Brasil não apresenta casos da doença desde 1990. A continuidade das campanhas é essencial para evitar a reintrodução da patologia no país. Considerada grave, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa. Em grande parte dos casos, a criança infectada não vai a óbito, porém adquire graves lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Em relação ao sarampo, entre 2013 e 2014 foram registrados casos com concentração em Pernambuco e Ceará. Os pacientes foram contaminados durante viagem ao exterior, mais especificamente nos países europeus. Considerada doença viral aguda grave e altamente contagiosa, o sarampo tem sintomas comuns, como febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. A única forma de prevenção é por meio da vacina.
Valéria Silva alerta os responsáveis para levar o cartão de vacina das crianças. A ideia é avaliar o documento para saber se a imunização é feita corretamente.