Vacina contra pólio e sarampo já estão disponíveis nos postos de vacinação do Estado

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Com o slogan "Siga o Zé Gotinha mais uma vez", a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça, nesta segunda-feira (08.08), o alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de levar as crianças menores de cinco anos de idade aos postos de vacinação. O dia 13 de agosto será o dia "D" da campanha onde uma grande mobilização será feita para vacinar o máximo de crianças possíveis. 

Segundo o Ministério da Saúde, a meta de vacinação para Mato Grosso na segunda etapa é de 244.666 crianças de zero a quatro anos. Desse total, 48.468 crianças estão abaixo de um ano e 196.198 crianças de 01 a 04 anos e 11 meses. Embora o Ministério da Saúde preconize um percentual de 95% de cobertura nas campanhas de vacinação contra a poliomielite, Mato Grosso sempre vai além desse percentual. 

Na primeira etapa, por exemplo, o Estado alcançou o percentual de 97% de cobertura vacinal. A meta para esta segunda etapa é repetir os mesmos percentuais de cobertura ou, se possível, ultrapassá-los. 

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Oberdan Coutinho Lira, foram disponibilizadas pelo MS, 350 mil doses da vacina para que o Estado cumpra a meta de imunizar 244.666 crianças de zero a 04 anos.

SARAMPO – Uma novidade nesta campanha de vacinação é que, as crianças que forem receber as duas gotinhas contra a pólio também serão vacinadas contra o sarampo. Neste caso, a idade do público a ser vacinado contra o sarampo vai de um ano até menores de sete anos (6 anos, 11 meses e 29 dias), mesmo que a criança já tenha tomado esta vacina anteriormente.

O objetivo é manter o Brasil sem transmissão disseminada do vírus causador do sarampo, uma vez que, neste momento, há surto da doença na Europa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde o último mês de janeiro já foram registrados mais de 6,5 mil casos de sarampo – cinco mil deles, somente na França.

A meta de vacinação contra o sarampo é de vacinar 298.474 crianças. Para alcançar esta meta foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde 358.170 doses.

A DOENÇA – O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o surgimento das manchas. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção.

A Secretaria de Estado de Saúde coloca à disposição da população 1.600 postos de vacinação, distribuídos nos 141 municípios do Estado. Os pais não devem esquecer de levar o Cartão de Vacinação de seus filhos. Oberdan Lira explicou o motivo do lembrete: "quando os pais, ou os responsáveis, apresentarem o Cartão aos técnicos da saúde eles verificarão se há alguma vacina que a criança não recebeu – das que fazem parte do Esquema Básico da Vacinação como o sarampo, febre amarela, tetravalente, hepatite B, entre outras-, para aplicarão as que faltarem, atualizando, assim, o Cartão de Vacinação, na proteção da saúde da criança".

Mais de 4.700 profissionais e colaboradores são mobilizados para a campanha, que disponibilizará, ainda, 530 veículos para viabilizar a cobertura vacinal em 25 municípios de Mato Grosso onde há uma dificuldade maior de locomoção para se alcançar localidades distantes. "Mais veículos poderão ser disponibilizados para ajudar a operacionalizar a vacinação nos municípios e as secretarias municipais de Saúde podem solicitar a ajuda aos Escritórios Regionais que atuarão como apoio, pois a parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e os municípios é essencial para o sucesso da campanha", comentou o superintendente.

O Brasil é considerado um dos países livres da poliomielite, mas as campanhas continuam sendo desenvolvidas porque ainda existem países em que o vírus da poliomielite é bastante ativo. Com a facilidade de intercomunicação global entre pessoas, por meio de viagens rápidas entre os países, as pessoas de tais países podem acabar chegando ao Brasil com o vírus circulante da doença. Por isso é importante que os pais se conscientizem da importância de proteger seus filhos de zero a 04 anos dessa doença, que causa a paralisia infantil.

Para que uma região seja declarada livre da poliomielite, deve-se ter pelo menos três anos livre ou sem nenhum caso de pólio e o país deve ter capacidade de detectar, notificar e reagir aos casos de pólio.

A PÓLIO – A poliomielite (pólio) é uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus que invade o sistema nervoso através da boca e multiplica-se no intestino, provocando paralisia numa questão de horas. Os sintomas iniciais são febre, fadiga, dores de cabeça, vômitos e rigidez no pescoço e dores nos membros. Uma em cada 200 infecções conduz a uma paralisia irreversível (geralmente nas pernas). Entre os que ficam paralisados, 5 a 10% morrem quando os músculos que permitem a respiração ficam imobilizados.

Tire dúvidas sobre as duas vacinações – pólio e sarampo

1. Há risco para as crianças que vão tomar duas vacinas? 
Não. As vacinas são seguras e podem ser dadas às crianças no mesmo dia, sem prejudicar a saúde delas.

2. As vacinas têm contraindicações? 
Em geral, não. Porém, recomenda-se que as crianças que estejam com febre acima de 38º ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de se vacinarem. Também não é recomendado vacinar crianças que tenham problemas de imunodepressão (como pacientes de câncer e AIDS ou de outras doenças e ou tratamentos que afetem o sistema imunológico, de defesas do organismo) e anafilaxia (reação alérgica severa) a dose anterior das vacinas.

3. Onde vacinar as crianças? 
Os pais ou responsáveis devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou Estado para se informar sobre a lista de postos, bem como os endereços e os horários de funcionamento.

4. Só será possível vacinar as crianças nessas datas? 
Não. As vacinas contra pólio e sarampo são oferecidas gratuitamente pelo SUS e estão disponíveis durante todo o ano, nos postos de saúde, para a imunização de rotina. Mas é fundamental levar as crianças às campanhas de vacinação, porque elas reforçam a proteção da saúde delas.

5. Como funciona o calendário básico de vacinação, fora das campanhas? 
Vacina poliomielite oral – Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, recebem o primeiro reforço. Porém, todas as crianças menores de cinco anos (de zero a 04 anos 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas doses durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

Vacina tríplice viral – As crianças devem tomar uma dose da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses e um reforço aos quatro anos. Porém, todas as crianças devem se vacinar nas "campanhas de seguimento", mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

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