UNIC vestibular fraudado

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A Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso pediu prorrogação do prazo para continuar investigando o caso da fraude ocorrida no vestibular de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), nos dias 27 e 28 de novembro do ano passado.

Na operação, realizada a partir de denúncias anônimas, a Polícia prendeu em flagrante, no primeiro dia do exame, Agripos Lucas Matheus dos Santos, 20, Fortunato Simões Franco, 19, Hélcules Cleiton, 18, Juan Tiago Pagnassant, 21, Pedro Simões Franco, 21, Paulo Cezari Frizanco, 20, e Nathan Lúcio Moreira, 20, todos responsáveis pelo esquema, que vendia gabaritos por até R$ 20 mil a vestibulandos.

À época, a delegada teria sete dias para a entrega do relatório final, contados a partir da prisão dos sete acusados, que acabaram obtendo habeas corpus e atualmente respondem em liberdade por estelionato e formação de quadrilha.

Com a soltura dos fraudadores, Ana Feldner teria que entregar o relatório no dia 27 de dezembro, quando o caso completou um mês, porém desde a primeira dezena de dezembro a delegada percebeu que mais tempo seria necessário para o caso.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a resposta está sendo aguardada e ainda não há data prevista para do Fórum de Cuiabá quanto ao pedido de dilação. O órgão, que está funcionando em sistema de plantão, volta ao normal em fevereiro.

Relembre o caso

O esquema de fraude no vestibular de Medicina da Unic funcionava da seguinte maneira: Fortunato Simões Franco, 19, um dos sete envolvidos, chamado de "piloto", fazia a prova em duas horas, anotava o gabarito e, depois, os outros passavam para os celulares dos vestibulandos.

Os aparelhos ficavam nas palmilhas dos tênis e também no salto de algumas sandálias femininas.

Apesar de envolvidos na fraude, por falta de legislação específica, os 22 estudantes que comprarão o gabarito não serão criminalmente punidos, apenas administrativamente pela Unic, que os baniu de fazer o exame.

Para a delegada Ana Feldner, é lamentável que os pais tenham sido coniventes com a fraude, já que os cheques foram assinados por alguns responsáveis, e que não haja punição legal para os adolescentes.

"É imoral, antiético, mas infelizmente não é ilegal. O mais triste é ver a conivência desses pais. Além disso, ao invés dos filhos estudarem para passar na prova, eles estudavam como funcionava o sistema de transferência de respostas", afirmou, à época da descoberta da fraude.

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