Mato Grosso continua em estado de atenção em função da baixa umidade relativa do ar. Assim como Pará, Tocantins, Rondônia, Bahia, Goiás e Distrito Federal, o Estado apresenta índice de 15%, nível considerado alarmante pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados são do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Além da baixa umidade e alta temperatura da região central do país, os focos de queimada em Mato Grosso prejudicam ainda mais a sensação térmica no Estado.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, o acumulado, no período de 1º a 8 de setembro deste ano, já totalizam 3.116 focos de queimadas, número superior ao mesmo período de 2009, quando foram 764 focos. Mato Grosso é o campeão do país nas queimadas.
A mudança, de acordo com a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Morgana Almeida, começa acontecer na segunda quinzena deste mês, quando chuvas em forma de pancadas chegam a Mato Grosso.
"As chuvas começam a mostrar um cenário de quebra de bloqueio do tempo seco em Mato Grosso. É o indício de mudança de estação também", disse.
Apesar de não chover na Capital, a previsão é de que, até o fim desta semana, possa ocorrer pancadas na região Nordeste do Estado. Nas regiões Noroeste e Oeste, já choveu no fim do mês passado.
Boletim Vigiar
Segundo o último Boletim Vigiar, da Secretaria de Estado de Saúde, os municípios de Diamantino, Sorriso e Tangará da Serra apresentam qualidade do ar péssima.
O diagnóstico aponta que a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de mortes prematuras no grupo sensível, que engloba crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas. O resultado é diretamente relacionado às queimadas.
A Capital, bem como os municípios de Colíder, Juara, Cáceres, Peixoto de Azevedo e Sinop apresentam qualidade inadequada do ar, que significa que toda população pode apresentar sintomas de tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta.
Pessoas de grupos sensíveis podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.