Três casos da Síndrome de Guillain-Barré são registrados em MT

Data:

Compartilhar:

Três pessoas foram diagnosticadas com a Síndrome Guillain-Barré no Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Uma delas veio a óbito no dia 27 de novembro, a Vigilância Epidemiológica do município está investigando os casos.

Os pacientes que deram entrada na unidade estavam com sintomas como manchas na pele, porém ainda não há confirmação de que tenham sido decorrentes do Zika Vírus. Exames já foram encaminhados para análise de laboratório.

Diante desses casos, 2 pacientes continuam internados e um deles em estado grave. A Vigilância Epidemiológica de Rondonópolis, disse que encaminhará as informações para o Escritório Regional de Saúde para que sejam devidamente registrados.

Segundo o médico neurologista, Bruno Regis, a doença ainda é mais rara se ocasionada em decorrência do vírus como Zika. Porém, não se pode afirmar se há relação ou não. “Pode acontecer porque após a infecção pelo vírus, o sistema imune engana-se e começa a atacar as células sadias do corpo. Neste caso, as células afetadas são as do sistema nervoso, que deixam de possuir a bainha de mielina, que é a principal característica do Guillain- Barré”, destaca.

O médico explica que a síndrome causa déficit muscular das pernas para cima, em direção ao tronco, e pode causar paralisia do diafragma e levar à morte em casos mais graves. Os primeiros sintomas são dormência nos membros inferiores e fraqueza muscular. “Em alguns casos, os pacientes necessitam de suporte ventilatório para auxiliar na respiração”.

Bruno destaca que, com o tratamento, a maior parte dos pacientes apresenta melhoras. “Mais de 80% dos pacientes evoluem com o tratamento. Tem medicação para a síndrome, que é utilizada na fase aguda. O medicamento pode evitar a progressão”, explicou.

O diagnóstico inicialmente é clínico. Depois, o paciente passa pelo exame do líquor, quando o líquido da medula é retirado. O exame é semelhante ao utilizado para diagnóstico da meningite, mas o médico enfatiza que não há qualquer relação entre as doenças. “O exame é semelhante, mas a síndrome não é meningite”.

Caso o paciente tenha sido acometido por um quadro infeccioso causado por um vírus e depois de um período apresente os sintomas deve procurar assistência médica. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas