TRÁFICO EM NOVA UBIRATÃ Vereadores acusados de aliciar menores e encomendar morte de PMs

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Welington Sabino/GD


foto/Divulgação/ Assessoria
Vereador José Itamar Marcondes (PT) acusado pelo Gaeco de liderar quadrilha de tráfico

Os vereadores por Nova Ubiratã (502 Km ao norte de Cuiabá) Reinaldo de Freitas (PSD) e José Itamar Marcondes (PT), presos na manhã desta quarta-feira (16) pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) são acusados de terem aliciado pelo menos 7 adolescentes para integrar uma quadrilha que atuava no tráfico de drogas. Os 2 parlamentares são acusados de serem os chefes do bando e de acordo com o Gaeco, cooptavam os adolescentes para venderem drogas dentro da Escola 19 de dezembro. O Ministério Público afirma que vários jovens foram induzidos pela quadrilha a consumir drogas.

De acordo com informações da Promotoria de Justiça de Nova Ubiratã e do Gaeco, os financiadores da quadrilha chegaram a ofertar quantia de R$ 15 mil para a execução de 2 policiais militares, sendo 1 soldado e um 1 sargento que atuavam combatendo o tráfico de drogas na cidade de 10,2 mil habitantes. Os crimes somente não foram concretizados porque uma das pessoas cooptadas não aceitou a proposta. A Câmara de Nova Ubiratã ainda não se pronunciou sobre a prisão dos vereadores.

Além dos dois vereadores, mais 6 pessoas foram denunciadas. “Elas são acusadas de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menor. A denúncia inclui, ainda, mais 2 advogados que não estão presos, mas irão responder por coação no curso do processo, ameaça e oferecimento de vantagem indevida para testemunhas”, informa a assessoria de imprensa do Ministério Público.

Divulgação/ Assessoria

Vereador Reinaldo de Freitas (PSD) também acusado de ser um dos chefes da quadrilha

De acordo com o MP, as drogas era adquiridas em Cuiabá e Sorriso e guardadas em um depósito que funcionava dentro de um salão, em Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição. As porções de droga, conforme o MPE, eram embaladas e preparadas em pequenas trouxas amarradas com fio dental e comercializadas a R$ 20, R$ 30, e R$ 50. Existia, ainda, a opção por porções maiores, denominadas caixa, cujo valor era de R$ 200.

A quadrilha, segundo o Ministério Público, começou a ser desmantelada com a operação Pistolagem em Neve Branca realizada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar. Foi constatado, durante as investigações, que a associação criminosa era chefiada pelos vereadores. Também foram denunciados Geovane Melo Silva, Alessandro Almeida Miranda, Iago Vinícius de Santos Silva, Neimar Gilberto Sousa Rosa, Walter Djones Rapuano e Antonio Lenoar Martins. (Com assessoria)

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