TRE NAS ELEIÇÕES 2016 Redução de recurso leva a cortes até de diplomações

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A Gazeta


O corte de aproximadamente 50% do orçamento previsto para a realização das eleições municipais deste ano deve fazer com que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) abandone algumas estratégias que já se tornaram “tradições” nos pleitos. Os eleitos em cidades em que não há sede da Justiça Eleitoral terão que se deslocar por conta própria em busca de seus diplomas.

Não haverá solenidades de diplomação, a menos que os próprios municípios arquem com os custos. Em Cuiabá, a totalização dos votos, que costuma reunir autoridades, imprensa e os vencedores da disputa, também deve ter sua estrutura reduzida.

Diretor-geral do TRE, Felipe Oliveira Biato, afirma que mesmo assim, o orçamento disponibilizado para Mato Grosso – R$ 6 milhões menor do que o solicitado – ainda não será suficiente. Por conta disso, a Corte tem revisto todos os seus contratos. Já foram reduzidos, por exemplo, os serviços de limpeza e segurança em nome da promoção de uma maior economia.

“Alguns contratos a gente decidiu cortar por entender que, embora sejam importantes, não são indispensáveis. Outros a gente está negociando a redução de custo e, às vezes, até do serviço prestado. Reduzimos, por exemplo, a periodicidade com que as nossas unidades são higienizadas. Estamos fazendo algumas reduções também nos contratos de segurança, o que deixa a gente preocupado, mas não temos muita opção”, explica, pontuando medidas ainda que visam a redução do consumo de água e energia.

Com o custo por eleitor fixado em R$ 5,91 em 2014, o TRE de Mato Grosso terá que organizar toda a eleição deste ano visando atingir a meta de reduzir os gastos por voto apurado para R$ 3,82. Entre as medidas que devem ser adotadas para isso estão mudanças nas vistorias dos locais de votação. Alguns juízes eleitorais já determinaram que a primeira delas seja feita de forma “remota”, ou seja, por meio de um formulário de perguntas que a prefeitura local terá que devolver respondido.

A Justiça Eleitoral vai trabalhar ainda com apenas metade dos equipamentos de transmissão dos votos via satélite que teve disponível em 2014. Isso significa que, dos 90 locais considerados como de difícil acesso, apenas 45 devem ter os dados das urnas eletrônicas transmitidos dessa forma para os pontos de apuração. Nos demais, a contagem dos votos precisará aguardar o transporte físico das urnas.

Para a apuração em Cuiabá, ainda está sendo discutida uma redução do valor de locação do Centro de Eventos do Pantanal, onde o trabalho é feitos há várias eleições. Em 2014, de acordo com o diretor-geral do TRE, foram investidos R$ 280 mil para ter o espaço e serviços como link de Internet, credenciamento de imprensa e autoridades, cerimonial, segurança e estacionamento disponibilizados por dois dias. “É um preço que até que se justifica, mas, infelizmente, é um valor alto para o que temos hoje”, pontua, afirmando que, caso o valor não seja reduzido, será avaliada uma nova alternativa.
 

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