TERRA PROMETIDA Vice-governador vai a ato contra ação da PF

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Raquel Ferreira/ A Gazeta


Vice-governador eleito em Mato Grosso, Carlos Henrique Fávaro (PP), participou do primeiro manifesto do “Movimento Terra Produtiva” criado em repúdio às prisões realizadas pela Polícia Federal durante a operação “Terra Prometida”, deflagrada no dia 27 de novembro. Cerca de duas mil pessoas, entre produtores rurais, prefeitos, vereadores e moradores de 17 municípios da região Norte estiveram na Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá) para discutir as medidas que serão adotadas em protesto à condução das investigações. O governador eleito, Pedro Taques (PDT), não quis comentar o assunto.

Fávaro aponta que foi convidado para a reunião e esteve presente uma vez que reside em Lucas do Rio Verde há 28 anos e conhece as pessoas presas e investigadas na operação. Defende a investigação e não discorda de prisões para garantir os trabalhos da Polícia. “Mas posso afirmar com convicção que não existe nenhuma organização criminosa. Nenhum desses produtores faz parte de algo desta natureza”.

Para Fávaro, a taxação é totalmente equivocada e pontua que a Polícia Federal e a Justiça Federal foram induzidas ao erro por pessoas de má-fé que fizeram denúncias sem fundamento e de maneira irresponsável.

Não descarta a possibilidade de práticas ilegais de compra e venda de terras públicas da União, mas questiona porque os parceleiros beneficiados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não foram presos também, uma vez que a venda também é crime. “Sempre defendo que tudo ocorra de maneira transparente. Se existiram ilícitos, os casos precisam ser investigados e julgados. Mas é uma fantasia se falar em organização criminosa, acusar pessoas dessa maneira”.

Presidente da Câmara de Vereadores de Lucas, Airton Callai (PSD) complementa que a Justiça precisa ser feita, mas o que está acontecendo é uma injustiça sem tamanho. Frisa que trabalhadores foram presos sem o devido julgamento e tiveram a moral acabada pela Polícia Federal. “O que vemos são agricultores condenados, sem direito à defesa, acusados injustamente de andarem armados e ameaçarem pessoas”.

Avalia ainda que a operação vai promover um impacto negativo na economia de Mato Grosso que é pautada pela agricultura. “Quem vai querer financiar os produtores rurais daqui para frente? Ninguém. Virou um negócio de risco plantar em Mato Grosso”. Entre as ações futuras do Movimento, Callai aponta a possibilidade de fechamento da BR-163 e a realização de audiências públicas para discutir o assunto.

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