Estreante na vida pública e já como senador, Pedro Taques (PDT) se articula, pensando nas eleições a governador
Com apenas cinco meses de mandato, o senador Pedro Taques já demonstra que tomou gosto pela política. Nas articulações de bastidores, ele admite que uma eventual candidatura a governador em 2014 seria caminho natural. Se firma como voz da oposição tanto ao grupo do ex-governador Blairo Maggi, com quem agora divide bancada no Senado, quanto com o sucessor do republicano no Palácio Paiaguás, peemedebista Silval Barbosa. Os demais grupos estão sem rumo.
Principal estrela do PDT no Estado e com perfil mais técnico que político, Taques vislumbra tanto o projeto para o Executivo que está repensando sua composição com o empresário Mauro Mendes, hoje no PSB, onde enfrenta conflitos internos. Mendes não se pronuncia quanto ao futuro político e muito menos em relação a possibilidade de concorrer novamente à Prefeitura de Cuiabá em 2012 e depois a governador. Como seu aliado segue calado e "no muro", Taques busca encontrar um rumo. Quer ser oposição à administração Silval e construir projeto sem Mendes. Mesmo com cadeira de senador assegurada até 2018, o pedetista não descarta disputa pelo Paiaguás daqui a 3 anos.
Taques ganhou visibilidade e projeção nacional como procurador da República. Em Mato Grosso, foi o responsável por investigar e denunciar políticos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção. Numa decisão corajosa, se desligou do Ministério Público Federal e encarou o teste das urnas no ano passado. Conquistou uma das duas vagas de senador. A outra ficou com Maggi.
Nestes primeiros meses de atuação como parlamentar, ele se envolveu em polêmicas. Votou contra a eleição de José Sarney à presidência do Senado e, um dia antes da queda de Antonio Palocci e mesmo sendo da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff, chegou a assinar pedido de CPI para apurar suposto enriquecimento ilícito do então ministro-chefe da Casa Civil.
Quanto à sucessão estadual, o quadro de pré-candidaturas só terá uma definição mais clara após as eleições municipais do próximo ano. Mesmo assim, líderes começam a se movimentar. Silval estará de fora, pois não pode buscar novo mandato consecutivo. Desde já, surgem como possíveis concorrentes ao comando do Estado nomes como do próprio Mendes, de Taques e dos ex-governadores Maggi e Jayme Campos.