Taques quer criar ambiente positivo

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a Editoria


O governador eleito de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT) pretende, ainda antes de assumir, abrir uma ampla discussão para a criação de um projeto estratégico que será implantado nos próximos anos. A intenção do pedetista é a de promover a justiça fiscal, modificando o sistema tributário e criando no Estado um ambiente negocial positivo para a atração de novos negócios.

foto – João Vieira

A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira (22), durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá. “Precisamos pensar Mato Grosso para os próximos anos de forma estratégica. No final do governo Dante, Mato Grosso produzia 3% do algodão do Brasil e hoje produz 55%. Isso significa que foi pensado um projeto estratégico para o Estado”, afirmou.

O pedetista destaca que isso deve ser feito levando em conta o fato de os indicadores econômicos para o próximo ano não serm favoráveis, por diversos fatores como a super safra americana e o custo Brasil. “Antes da posse queremos fazer um seminário com economistas das mais variadas tendências para que possamos juntos debater o Mato Grosso que queremos, que é um Estado que produz muito, mas precisa se industrializar”.

Taques pontua que embora o agronegócio seja hoje responsável pela melhora na qualidade de vida de muitas cidades, é preciso se avançar na industrialização, como forma de agregar valor ao que é produzido em Mato Grosso. “Como é possível produzirmos 55% do algodão e não termos tecelagens? A Bezerra de Menezes está com dificuldade, porque o estado é atrapalhador, na complexidade do sistema tributário, na insegurança. Já temos conversas com especialistas para criarmos um ambiente negocial, que precisa de mudanças legislativas”.

Uma das soluções é a criação do chamado guichê único, em que diversos serviços sejam prestados em um mesmo local. “Existem relatórios do Banco Mundial que mostram que em Mato Grosso se leva mais tempo para abrir uma empresa, para conseguir uma licença ambiental. Isso dificulta investimentos. Precisamos criar esse ambiente. Não vamos reinventar a roda, existem estudos que mostram o guichê único como uma das soluções”.

Redução – O governador eleito explica que, neste momento, não está em pauta a redução da carga tributária, uma vez que ela é necessária para a implantação de projetos que melhorem a vida da população. “A redução seria ideal, mas como vamos dar dignidade aos professores, cuidar da estrada, contratar policiais, melhorar a saúde, sem impostos?”, questiona.

A saída, segundo ele, é a redução da burocracia, que faz com que se pague a mais, haja dificuldade na arrecadação. “Isso tem que ser mudado antes de se reduzir os impostos. Agora, podemos simplificar essa cobrança”.

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