Renan Marcel/GD
Em meio à discussão sobre plebiscito e CPI do VLT, o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, não descarta a possibilidade de que as obras do modal não sejam concluídas pelo governo do Estado.
“Não podemos temer o raciocínio de não terminarmos o VLT. Estão demonizando essa possibilidade. Nós temos que analisar todas as hipóteses e variáveis”, disse em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (05).
O secretário, na oportunidade, assegurou que ainda não há uma definição quanto à continuidade das obras. O Consórcio do VLT deve apresentar um plano de ações na semana que vem, com cronograma e projetos executivos das obras.
Um estudo técnico foi encomendado pelo governo para identificar se há viabilidade na conclusão do modal, uma vez que isso demandaria mais recursos públicos. Por isso, o BRT ressurgiu como uma opção a ser analisada.
Já foram pagos até o momento mais de R$ 1 bilhão pelo modal, que atualmente está com 50% do contrato executado, sendo este percentual variável conforme itens como trilhos, vagões, sistema e obras de mobilidade.
A coletiva apresentou constatações da auditoria determinada pelo governador Pedro Taques (PDT). No entanto, aspectos financeiros do contrato, como aditivos e valores efetivamente já serão apresentados com mais detalhes somente em abril.
Segundo o auditor -geral do Estado, Ciro Gonçalves, foram encontrados fortes indícios de que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) foi conivente com os atraso das obras.
Silval e o ex-secretário da extinta Secopa, Maurício Guimarães teriam sido avisado de diversas irregularidades, porém, não tomaram as providências cabíveis, como multas e advertências, para pressionar o Consórcio a corrigi-las.