A definição do candidato que enfrentará o senador Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado Federal deve sair nesta quarta-feira (30). Os parlamentares do grupo conhecido como “independentes” decidirão se Pedro Taques (PDT) ou Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disputarão o cargo.
Uma segunda possibilidade, discutida na última semana, é a que os dois saiam candidatos. A justificativa do grupo é que, dessa forma, eles distribuiriam os votos entre si e, como reflexo, diminuiriam os votos de Renan.
Para vencer, um candidato precisa obter pelo menos 41 votos dos 81 parlamentares.
Nessa disputa, Renan é o favorito, já que PMBD e PT formam a maioria no Senado. Apoiadores do peemedebista calculam ter mais de 60 votos assegurados.
Briga interna
Candidato no ano passado contra José Sarney (PMDB-AP), Randolfe conseguiu apenas oito votos. Ainda assim, o socialista já é visto em sua região de origem como candidato.
Em entrevista ao site Portal da Amazônia, Randolfe afirmou que conversou com diversos senadores, dentre eles Pedro Simon (PMDB-RS), que ficaram “alegres e entusiasmados” com a candidatura.
“Acredito que o mais importante do que concorrer é fazer um debate de proposta. Até semana passada o debate para a presidência do Senado era um “jogo de cartas marcadas”, combinadas para ocorrer sobre um tapete azul e a concha côncava. Desde minha candidatura passou a ser um tema de debate da sociedade brasileira e isso já me satisfaz”, afirmou.
A possibilidade de abertura de um diálogo na Casa também é a justificativa de Pedro Taques, que diferentemente de Randolfe, encontra apoio no PSDB.
Além do líder dos tucanos, senador Álvaro Dias, já revelaram apoio ao mato-grossense os senadores Cristóvam Buarque (PDT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS).
"Troca de gentilezas"
A indefinição quanto a um nome do grupo independente para disputar a presidência ao Senado tem sido uma verdadeira “troca de gentilezas”.
Apesar de Taques e Randolfe terem se mostrado dispostos e aptos a tentarem o cargo, ambos afirmam apoiar um ao outro.
Ao site G1, Randolfe chegou a afirmar que, se não sair candidato, os votos de Taques seriam como se estivessem votando nele.
"Eu e o senador Taques vamos fazer uma reunião na quarta-feira com os senadores independentes. Vamos sempre conversar pelo melhor, para buscar o entendimento. Quem vota no senador Pedro Taques é como se votasse em mim também", disse.
A possibilidade de ambos disputarem à presidência, no entanto, pode ser um tiro no pé. Mesmo que Taques e Randolfe consigam “desviar” votos para Renan, o número possivelmente não chegará ao exigido para que um dos dois saia contemplado.
Relações estremecidas
Mesmo sendo o favorito, Renan tem encontrado "obstáculos" entre sua coligação. Nesta semana, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou uma carta ao peemedebista pedindo a retirada de sua candidatura.
O motivo, segundo o petista, é a denúncia contra Renan enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta (25).
O senador de Alagoas é investigado pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão de uma filha.
Ele apresentou as notas, referentes a suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia do peemedebista do comando do Senado em 2007.
O Supremo ainda precisa decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria. Se aceitar, Renan vai virar réu e vai responder a uma ação penal.
Na carta enviada a Renan, que também foi encaminhada ao presidente do PMDB, Valdir Raupp, ao presidente do Senado, José Sarney, e a todos os outros senadores, Suplicy pede que Renan abra mão da candidatura em prol do senador Pedro Simon (PMDB-RS), conhecido por ter uma postura "independente" na relação com a base governista e dentro do partido.
Uma segunda possibilidade, discutida na última semana, é a que os dois saiam candidatos. A justificativa do grupo é que, dessa forma, eles distribuiriam os votos entre si e, como reflexo, diminuiriam os votos de Renan.
Para vencer, um candidato precisa obter pelo menos 41 votos dos 81 parlamentares.
Nessa disputa, Renan é o favorito, já que PMBD e PT formam a maioria no Senado. Apoiadores do peemedebista calculam ter mais de 60 votos assegurados.
Briga interna
Candidato no ano passado contra José Sarney (PMDB-AP), Randolfe conseguiu apenas oito votos. Ainda assim, o socialista já é visto em sua região de origem como candidato.
Em entrevista ao site Portal da Amazônia, Randolfe afirmou que conversou com diversos senadores, dentre eles Pedro Simon (PMDB-RS), que ficaram “alegres e entusiasmados” com a candidatura.
“Acredito que o mais importante do que concorrer é fazer um debate de proposta. Até semana passada o debate para a presidência do Senado era um “jogo de cartas marcadas”, combinadas para ocorrer sobre um tapete azul e a concha côncava. Desde minha candidatura passou a ser um tema de debate da sociedade brasileira e isso já me satisfaz”, afirmou.
A possibilidade de abertura de um diálogo na Casa também é a justificativa de Pedro Taques, que diferentemente de Randolfe, encontra apoio no PSDB.
Além do líder dos tucanos, senador Álvaro Dias, já revelaram apoio ao mato-grossense os senadores Cristóvam Buarque (PDT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS).
"Troca de gentilezas"
A indefinição quanto a um nome do grupo independente para disputar a presidência ao Senado tem sido uma verdadeira “troca de gentilezas”.
Apesar de Taques e Randolfe terem se mostrado dispostos e aptos a tentarem o cargo, ambos afirmam apoiar um ao outro.
Ao site G1, Randolfe chegou a afirmar que, se não sair candidato, os votos de Taques seriam como se estivessem votando nele.
"Eu e o senador Taques vamos fazer uma reunião na quarta-feira com os senadores independentes. Vamos sempre conversar pelo melhor, para buscar o entendimento. Quem vota no senador Pedro Taques é como se votasse em mim também", disse.
A possibilidade de ambos disputarem à presidência, no entanto, pode ser um tiro no pé. Mesmo que Taques e Randolfe consigam “desviar” votos para Renan, o número possivelmente não chegará ao exigido para que um dos dois saia contemplado.
Relações estremecidas
Mesmo sendo o favorito, Renan tem encontrado "obstáculos" entre sua coligação. Nesta semana, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou uma carta ao peemedebista pedindo a retirada de sua candidatura.
O motivo, segundo o petista, é a denúncia contra Renan enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta (25).
O senador de Alagoas é investigado pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão de uma filha.
Ele apresentou as notas, referentes a suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia do peemedebista do comando do Senado em 2007.
O Supremo ainda precisa decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria. Se aceitar, Renan vai virar réu e vai responder a uma ação penal.
Na carta enviada a Renan, que também foi encaminhada ao presidente do PMDB, Valdir Raupp, ao presidente do Senado, José Sarney, e a todos os outros senadores, Suplicy pede que Renan abra mão da candidatura em prol do senador Pedro Simon (PMDB-RS), conhecido por ter uma postura "independente" na relação com a base governista e dentro do partido.
