O senador eleito Pedro Taques (PDT) deu a tréplica em relação às críticas feitas ontem (20) pelo deputado federal Carlos Abicalil (PT), que disse que a reação do adversário diante da polêmica envolvendo a suposta fraude em ata de registro de candidatura é "caso de psiquiatria".
"Se o Abicalil tem preconceito aos que sofrem com problemas psiquiátricos, é preciso que ele tome maracugina. Se fosse eu que tivesse perdido a eleição iria trabalhar e não procurar uma boquinha no Governo", afirmou.
Ambos são protagonistas de uma polêmica envolvendo a ocorrência de uma possível fraude na ata de registro de candidatura de Taques e seus suplentes. Após a suspeita de falsificação do documento, Abicalil ingressou com uma ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para que o fato seja investigado.
Taques afirmou estar tranquilo com relação à suposta falsificação, alegando que, mesmo se houve o problema, ele não tem nada a ver com sua candidatura.
"Isso não tem nada a ver com minha candidatura, se houve algum problema, que acho pouco provável, isso não tem a ver comigo. A minha candidatura já havia sido registrada com dois suplentes, se é A ou B, trata-se de uma questão que será decidida pelo TRE", afirmou ao MidiaNews.
Segundo ele, não houve má-fé na alteração dos suplentes, tanto que foi a coligação "Mato Grosso Melhor Pra Você" que comunicou ao TRE que havia um "erro material" na ordem dos suplentes. Para Taques, todas as atas apresentadas são válidas, por isso não vê problemas em nenhuma delas.
"No processo existem duas petições da coligação informando que houve um erro material, na ordem dos suplentes. Agora se o primeiro é o segundo ou vice-versa, isso não é importante. O fato que interessa é que houve o registro da minha candidatura com dois suplentes, então não estou preocupado com isso", disse o senador eleito.
Taques não admite que tenha ocorrido a fraude na ata, no entanto, afirmou que caso seja comprovada o responsável deve ser penalizado. "Se isso realmente ocorreu, não se trata de um problema eleitoral e sim de um crime, que quem falsificou deve responder por isso. O fato é que não existe nada a ver com a candidatura ao Senado", declarou.
Candidatura legítima
De acordo com o senador eleito, a suposta falsificação não traz impacto para o processo eleitoral. Segundo ele, sua candidatura foi legítima e referendada por mais de 700 mil eleitores.
"Isso não traz nenhum impacto, você conhece alguém que vota em suplente? O que importa é que meu registro já havia sido feito. Tive mais de 175 mil na frente o terceiro colocado (Abicalil). O problema é que muita gente não acredita que eu ganharia as eleições. Fui eleito e a vontade popular está expressa nos votos que me foram ofertados", afirmou Taques.