Carlos Brito, da Infraestrutura da Agecopa, que enfrenta mais um problema sobre obras preparativas à Copa-2014
O escândalo do mensalão do PR pode prejudicar as obras da Copa de 2014 em Cuiabá. O presidente da Agecopa Eder Moraes e o diretor de Infraestrutura Carlos Brito estão preocupados com os reflexos da crise, que se instalou no Ministério dos Transportes, culminando na suspensão, por 30 dias, de todos os procedimentos licitatórios de projetos, obras e serviços de engenharia no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na estatal Valec.
Acontece que as principais e mais demoradas obras de mobilidade urbana serão tocadas justamente pelo Dnit e estão em processo de licitação. Em Cuiabá vai haver intervenção para melhorar o tráfego dos veículos, por exemplo, nas avenidas Fernando Corrêa da Costa, com a construção de 3 viadutos, um no local onde atualmente passa a ponte sobre o rio Coxipó, e o outro em frente à Universidade Federal (UFMT) e, o terceiro, nas proximidades da rodovia Palmiro Paes de Barros, que liga a Capital a Santo Antônio do Leverger; e Miguel Sutil, onde serão feitas trincheiras.
Já em Várzea Grande, as obras serão executadas na avenida da FEB, com duas trincheiras, a primeira no ponto em que ela se encontra com a avenida dom Orlando Chaves, que dá acesso à Capital e, a segunda, no Quilômetro Zero. Ao todo são mais de 20 intervenções, num custo de aproximadamente R$ 357 milhões. O prazo para a execução dessas obras varia de 480 a 720 dias.
Oficialmente, a Agecopa não demonstra preocupação com atraso no cronograma, principalmente porque a presidente Dilma Rousseff garantiu que as obras para os jogos do Mundial são prioridade. Mesmo tendo suspendido as licitações no mesmo dia em que foi exonerado do Ministério dos Transportes, Alfredo Nascimento havia garantido que as obras em torno da Copa não serão prejudicadas. De todo modo, os procedimentos precisam agora serem “autorizados pela secretaria executiva do ministério, em caráter inadiável".
A crise no ministério começou no último final de semana quando a revista Veja denunciou um esquema de pagamento de propina para o PR. A presidente Dilma determinou o afastamento de Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit; de Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete; de Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete; e de José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec.