Suspeita de matar filho por amante teve frieza e ajudou nas investigações, diz polícia

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Pai do garoto tem problema mental e soube em clínica de internação sobre a morte 

A mulher de 31 anos presa suspeita de ter mandado matar o filho, um menino de 11 anos, foi descrita pelo delegado Marcos Paulo Vilela como alguém fria e que não demonstrou nenhuma emoção diante da morte do garoto. Ela ainda ajudou nas investigações da polícia e espalhou cartazes com a foto da criança simulando um desaparecimento na cidade de Alagoa Nova, a 99 km de João Pessoa (PB).

Segundo o delegado, o assassinato ocorreu no dia 27 de maio. No dia seguinte foi registrado um boletim de ocorrência pela mãe relatando o sumiço. Um agricultor achou o corpo somente na última segunda-feira (3). Durante esse período, a mulher ajudou os agentes e não demonstrou indícios de participação no crime, segundo Vilela.

O corpo do garoto foi encontrado em uma casa abandonada na cidade com as mãos amarradas e pendurado em uma janela com sinais de estrangulamento. O cadáver estava em avançado estado de decomposição e parte dele foi comido por cachorros que rondavam a residência. O agricultor foi a testemunha chave nas investigações porque disse ter visto dias antes a mãe e dois homens entrando no local.

A suspeita e os outros envolvidos foram presos na última quarta-feira (5). A motivação para o homicídio seria porque o menino viu a mãe dando um beijo no amante. A mulher ficou com medo que ele contasse para o marido e pagou R$ 1.000 para o amante, que contratou um terceiro criminoso.

Os dois homens confessaram o crime e disseram que a mulher perguntou diversas vezes se os envolvidos tinham certeza que o menino estava morto. Inicialmente ela negou a participação, mas acabou admitindo após horas de depoimento. Os três foram indiciados por homicídio qualificado.

O pai do menino tem problemas mentais e está há um ano internado em uma clínica psiquiátrica. Desde então, a mulher vive conjugalmente com o irmão do pai da vítima. O garoto seria muito apegado ao tio e teria ameaçado contar sobre o beijo.

O pai foi informado por psicólogos sobre a morte do filho e deverá sair da clínica para acompanhar o enterro da criança, ainda sem data e local definido. Segundo a direção da unidade de saúde, ele foi informado apenas sobre a morte, mas não sabe as circunstâncias devido o estado de saúde e ficou bastante abalado.

A suspeita tinha outros dois filhos de pais diferentes. As famílias paternas assumiram a responsabilidade. 

 

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