SUPERLOTAÇÃO Pronto-Socorro fica sem leito e unidade é notificada

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Devido à superlotação do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), a Prefeitura notificou extrajudicialmente o Hospital Júlio Müller (HUJM) para que a unidade atendesse a demanda excedente.

A notificação, entregue nesta sexta-feira (17), afirma a ocorrência de um estado de calamidade no PS que, na data em questão, não tinha nenhum leito disponível para internação de pacientes. O aumento da demanda na unidade ocorre em meio à greve dos médicos municipais, que completou nesta segunda-feira (20) 11 dias.

Conforme a notificação, a Prefeitura pedia que o Hospital Júlio Müller suspendesse o atendimento eletivo a fim de atender os pacientes oriundos do Pronto-Socorro Municipal. Além do HUJM, outras unidades conveniadas com o município também têm auxiliado no atendimento, que são os hospitais Santa Casa da Misericórdia e Santa Helena.

A greve que já dura 11 dias foi considerada ilegal antes mesmo de ser deflagrada no dia 10. A Justiça ainda determinou multa diária de R$ 20 mil por descumprimento da decisão. Para próxima quinta-feira (23) será realizada uma reunião de conciliação, que foi convocada pela Central de Mediação e Conciliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, às 14h, na sede do Tribunal de Justiça do Estado.

Durante o período de greve, algumas denúncias de omissão de socorro foram feitas por pessoas que buscaram atendimento no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, assim como também relataram atendimento precário nas Policlínicas e na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Morada do Outro.

Em contrapartida, o Sindicado dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) afirmou que o percentual do atendimento exigido por lei tem sido mantido, sendo 100% nas urgências e emergências e 30% nas demais unidades de Saúde. O sindicato ainda ressaltou a comum ocorrência de escalas defasadas de médicos nas unidades municipais. 
 

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