STF começa a julgar núcleo político; Henry corre risco

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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta segunda-feira (17), o julgamento dos 23 réus acusados de compra de apoio político ao Governo Lula. 

Uma das principais "estrelas" do processo é o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que era considerado "homem forte" do Governo do PT. 

Também estão na relação o ex-presidente do PT, José Genoino, o pivô do escândalo, ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), e o deputado federal e ex-secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry (PP). 

A sessão começa às 14h (hora de Brasília) e, nessa etapa, os ministros começam a trabalhar a quarta fatia do julgamento. 

A sessão começa com a leitura do voto do relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa. A leitura deve levar ao menos duas sessões para ser concluída. 

Em seguida, o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, lê seu voto. Na semana passada, o STF concluiu o julgamento dos réus acusados de lavagem de dinheiro.

A expectativa é de que Barbosa vote pela condenação de Dirceu, apontado pelo Ministério Público como mentor do Mensalão e acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha. 

Para sustentar seu voto, o relator deve relembrar o contexto da vitoriosa eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, com os problemas financeiros da campanha e as dificuldades de montar uma base de apoio parlamentar sólida ao governo recém-empossado.

Pedro Henry

De acordo com analistas políticos, dificilmente, os integrantes do chamado "núcleo político do Mensalão" vão se livrar da condenação de corrupção passiva. 

Na época em que o escândalo foi operado pela cúpula do PT e pelo publicitário Marcos Valério, o deputado Pedro Henry era líder da bancada do PP na Câmara Federal.

Segundo acusação da Procuradoria-Geral da República, o progressista ajudou a negociar o repasse de R$ 3 milhões para o seu partido.

Na lista de prováveis condenados, além de Pedro Henry, estão o deputado Valdemar Costa Neto (PR) e os ex-deputados Carlos Rodrigues (PR), Roberto Jefferson (PTB), José Borba (PR), Romeu Queiroz (PTB), João Magno (PT) e Pedro Corrêa (PP).

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

 

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