Os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, presos desde setembro de 2015 no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) tiveram um novo mandado de prisão preventiva cumprido nesta sexta-feira, em decorrência da “Operação Sodoma 2”.
Chico Ferreira Ex-secretário do governo Silval, César Zílio |
Também foram presos o ex-secretário de Administração, César Roberto Zílio, a ex-assessora da Fecomércio, Karla Cecília de Oliveira, e o empresário Willians Paulo Mischur, proprietário da empresa Consigna, empresa que faz empréstimos consignados (com desconto direto na folha) aos servidores públicos. (Veja imagens da chegada de Zílio à Defaz, no final desta matéria)
As prisões foram confirmadas pelo delegado Flávio Stringuetta, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e quatro de conduções coercitivas. Os que foram levados para prestar esclarecimentos na Delegacia Fazendária são donos de gráficas Antônio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes, das gráficas De Liz e Intergraf, em Várzea Grande, além de Flávio Montenegro e José Benedito Castrillon.
Saiba mais
17h00 – Ex-secretário de Administração César Zílio deixou neste momento a sede da Defaz, sem dar declarações. Investigadores saíram em seguida levando dinheiro apreendido. A defesa dele não confirmou se o ex-secretário foi ou não interrogado pelos delegados já que toda a manhã e quase a tarde toda entro da Defaz.
Welington Sabino Zílio encerra depoimento e segue para presídio |
15h52 – Os mandados de prisão e de condução coercitiva da Operação Sodoma 2 foram expedidos pelo juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, enquanto os de busca e apreensão foram autorizados pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal.
15h10 – A investigação da Operação Sodoma 2 se refere à aquisição de um terreno na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Cheques emitidos por Evandro Pontes teriam sido usados na compra da área.
15h03 – Evandro Gustavo Pontes acaba de deixar a Defaz acompanhado do advogado Fábio Lessa. Eles não quiseram falar com os jornalistas.
Welington Sabino Fábio Lessa e Evandro Pontes deixam a Defaz em silêncio |
15h02 – Informações dão conta de que o ex-secretário César Roberto Zílio ainda permanece na sede da Defaz.
14h58 – O advogado Pedro Verão chega à Defaz e afirma não saber as razões que levaram à condução coercitiva do cliente Antônio Roni Liz.
14h30 – Flávio Montenegro e José Benedito Castrillon já prestaram depoimentos e foram liberados
13h59 – O empresário Willians Paulo Mischur, proprietário da Consigna, e a ex-secretária de Pedro Nadaf, Karla Cecília de Oliveira foram levados à penitenciária.
Lista de Presos
Pedro Nadaf – ex-secretário da Casa Civil
Marcel de Cursi – ex-secretário de Fazenda
César Zílio – ex-secretário de Administração
Karla Cecília de Oliveira – ex-assessora da Fecomércio
Willians Paulo Mischur – dono da Consigna
Conducão Coercitiva
Antonio Roni de Liz – Gráfica De Liz
Evandro Gustavo Pontes – Intergraf
Flávio Montenegro
José Benedito Castrillon
Entenda o caso
A Delegacia Fazendária deflagrou na manhã desta sexta-feira (11), a 2ª fase da “Operação Sodoma”, que apura fraudes na concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso. Na primeira fase, deflagrada em setembro de 2015, policiais prenderam o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, e ainda o ex-secretário de Fazenda, Pedro Nadaf.
Os três estão recolhidos ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) e cumprem a rotina de presos normais, sem quaisquer benefícios que os diferenciem dos demais
Nesta manhã estão sendo cumpridos 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva.
Um dos alvos dos mandados é um prédio comercial na avenida do CPA. Policiais também estão num condomínio de luxo nas imediações do Parque Mãe Bonifácia. O prédio em questão é bastante conhecido por abrigar escritórios pessoais de vários políticos, entre os quais o próprio ex-secretário da Casa Civil e Fazenda, Éder de Moraes Dias.
Além da ilegalidade na concessão de incentivos fiscais, o alvo da operação são empresas gráficas instaladas em Cuiabá e Várzea Grande, que teriam sido utilizadas para “lavar” o dinheiro recebido como propina pelas autoridades na gestão passada.
A utilização de gráficas para a lavagem de dinheiro ocorreu na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de Cuiabá, sob o comando do ex-vereador cassado João Emanuel e, segundo consta, também em outras administrações. Um dos empresários gráficos que participava desse esquema está o ex-deputado e jornalista Maksuês Leite (PP).
Veja o vídeo
