Sindicato anuncia greve dos motoristas para esta quinta-feira

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Motoristas do transporte público de Cuiabá entram em greve nesta quinta-feira (28) por falta de acordo entre a categoria e o sindicato patronal já que todas as propostas foram recusadas. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (27), o presidente do Sindicato dos Motoristas, Ledevino Conceição, informou que a desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes, do Tribunal Regional doTrabalho, não conseguiu mediar o conflito e desta forma a greve foi a medida adotada pelos trabalhadores em assembleia-geral.

Fernanda Escouto

Ledevino Conceição, presidente do Sindicato dos Motoristas confirma greve nesta quinta-feira

De todo modo, a liminar dada pela magistrada determinando que 70% da frota e também dos trabalhadores continuem em circulação nos horários de pico continua valendo. Na decisão, proferida numa medida cautelar inominada interposta pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Mato Grosso (STU), a desembargadora determinou ao sindicato dos motoristas que mantenha em atividade 70% dos empregados e dos ônibus nos horários entre 5h30 às 9h; das 11h às 14h e das 17h às 20h.

Em caso de descumprimento, o sindicato terá que pagar multa diária no valor de R$ 30 mil em favor do Fundo Estadual de Apoio ao Trabalhador (FEAT). Também foi antecipada para a próxima sexta-feira (29) às 13h, a audiência de conciliação e instrução que estava marcada o dia 1º de junho. A reunião será realizada no auditório número 3 (Plenário das Turmas), do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23).

“Amanhã o transporte será muito precário”, antecipa o sindicalista ao garantir que não obriga ninguém a trabalhar, mas também não vai repreender funcionários que optarem por não aderir à greve. Coforme o Ledevino, eles reclamam do reajuste para os demais trabalhadores internos que era de 10%. Afirmam que as empresas não aumentaram o valor do ticket de alimentação e destacam que a remuneração está muito baixa. Para retornarem ao trabalho, os motoristas exigem salário de R$ 2 mil e outros R$ 150 para alimentação. 

Sobre a determinação judicial, o sindicalista afirma que não sabe se vai conseguir cumprir colocando 70% dos carros e motoristas nas ruas. Ledenivo ressalta que a categoria quer cumprir a liminar, mas não pode garantir que isso vai acontecer. Nesta quarta-feira os ônibus ainda circulam com a frota normal, mas a partir da quinta-feira pelo menos 1,3 mil motoristas de ônibus e micro-onibus vão cruzar os braços.

“Alguém tem que ceder, tudo é negociável. Eles têm que avançar”, destaca o sindicalista na expecativa de um acordo na audiência da próxima sexta-feira,a partir das 13h.

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