O governador Silval Barbosa (PMDB) revelou que está mantendo diálogos constantes com o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), na tentativa de fazer com que o Estado consigar emplacar algum representante em cargos estratégicos do Governo Federal.
"Defendo que o DNIT deveria permanecer com Mato Grosso. Mas, pela sua vocação agrícola, podemos ser perfeitamente contemplados em pastas como Agricultura ou Minas e Energia", declarou o governador.
Na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mato Grosso conseguiu ter dois representantes em setores considerados estratégicos do Governo Federal. Isso porque, além de Luiz Antonio Pagot à frente do DNIT, havia Rodrigo Figueiredo no cargo de secretário-executivo do Ministério das Cidades.
Figueiredo atuou fortemente na liberação de recursos do PAC, que visavam às obras em sistema de tratamento de água e esgoto, habitação e pavimentação asfáltica. Com a posse de Dilma, o mato-grossense foi exonerado do cargo.
Agora, Silval Barbosa lamenta a perda de representatividade do Governo Federal e também prega cautela em torno das negociações com o PMDB nacional.
"A saída de Pagot significa uma perda para Mato Grosso. Mas, estou confiante de que o apoio do PMDB será fundamental para conseguirmos novos postos. Não quero falar em nomes ou cargos, mas um Estado que cresce 10% ao ano e com forte domínio no agronegócio não pode ser excluído da formulação de políticas públicas na esfera nacional", disse Silval.