Silval pede que MPE investigue propaganda de Wilson

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A coligação "Mato Grosso em Primeiro Lugar", encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, protocolou no Ministério Público Eleitoral (MPE) um pedido de investigação contra a coligação "Senador Jonas Pinheiro", do candidato da oposição, o ex-prefeito da capital Wilson Santos (PSDB).

Conforme alega a chapa governista, se comprovadas as irregularidades na confecção do material da campanha tucana, a candidatura de Wilson pode sofrer uma nova ação de impugnação.

De acordo com o coordenador jurídico de Silval, o advogado Francisco Faiad, o documento pede apuração sobre a "agilidade" na confecção de material do candidato.

O advogado narra que, um dia após o recebimento do recibo eleitoral expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Wilson Santos já estaria distribuindo material de campanha, o que seria "praticamente impossível". "É no mínimo estranho. Um dia depois de receber o documento, o candidato já estava com material na rua", questionou Faiad.

O advogado pontua que os materiais só podem ser confeccionados após abertura de conta oficial da coligação e captação de recursos que serão destinados a essa conta. Tais procedimentos, segundo Francisco Faiad, devem ser posteriores à expedição do certificado do TRE.

"O Ministério Público deve oficiar o banco e a gráfica usada pelo candidato para atestar se o material já não estava pronto", explicou o advogado. Segundo Faiad, o candidato Silval Barbosa (PMDB) demorou cerca de cinco dias para realizar o mesmo procedimento que o adversário.

Esse não é o primeiro obstáculo na candidatura da oposição. Wilson Santos enfrenta problemas para conseguir a certidão de quitação eleitoral porque suas contas de campanha da eleição de 2008, quando se reelegeu prefeito, foram rejeitadas pelo TRE. O documento é imprescindível para o candidato obter o registro de candidatura.

Nesta semana, o juiz eleitoral Paulo de Toledo Ribeiro não aceitou o pedido da certidão de quitação eleitoral feito pelo candidato. Se o Pleno também indeferir o registro de candidatura, Wilson ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, respectivamente.

Apesar dos entraves, o candidato tem se mostrado confiante em sua manutenção na disputa. "Depois dessa armação, armadilha, outras virão. Mas essas coisas só me motivam, eu cresço e me fortaleço nas dificuldades", declarou anteontem Wilson Santos.

 

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