A seis meses das eleições gerais, o prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) e o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) largam na corrida ao Palácio Paiaguás empatados tecnicamente. É o que aponta o instituto Mark, na primeira pesquisa feita neste ano em âmbito estadual, registrada junto ao TRE e com dados revelados publicamente, em parceria com o RDNews. Na amostragem estimulada, quando o eleitor revela o nome de preferência com auxílio de uma lista, Wilson aparece na liderança com 26,8%. Silval surge "colado", com 25,2%, uma diferença de 1,6 pontos percentuais. Como a margem de erro é de 3% para mais ou para menos, ambos registram situação de empate técnico.
O instituto ouviu 1.095 pessoas entre 20 e 25 de fevereiro. O trabalho de campo foi realizado em 40 cidades. Registrada no Tribunal Regional Eleitoral no último dia 26, a pesquisa traz o protocolo 3319/2010 e o processo 9654.2010.6.11.0000.
O nome do senador Jayme Campos (DEM) aparece em terceiro lugar, com 14,3% das intenções de voto. Em seguida surge o empresário Mauro Mendes (PSB), com 11,3%, empatado tecnicamente com o democrata. O quadro hoje aponta para quatro candidaturas à sucessão estadual, mas a tendência é de haver mudanças, com inclusão de novos nomes ou desistência de outros. Wilson e Jayme, por exemplo, têm acordo para um apoiar o outro, considerando, como critério de escolha, resultado de pesquisas qualitativas e quantitativas. Com salário de R$ 13 mil, aquele que se eleger à cadeira de governador conduzirá um orçamento anual superior a R$ 8 bilhões, com uma máquina com 22 secretarias, vários órgãos, empresas e autarquias e quase 100 mil servidores num Estado com 141 municípios.
Nesse cenário com os quatro virtuais concorrentes à cadeira ocupada hoje por Blairo Maggi (PR), cabo eleitoral de Silval, 19,2% dos entrevistados disseram não saber em que votar, enquanto 3,2% declararam que votariam em branco ou anulariam o voto.
Estratificação
Todos os entrevistados pela Mark residem na zona urbana. Quanto à idade, 24,7% têm entre 35 e 44 anos, enquanto 24,7% possuem entre 25 e 34; 19,9% variam de 45 a 59, 19,7% estão na faixa de 18 a 24 anos, enquanto 8,7% dos que opinaram disseram acumular mais de 60 anos. Entre 16 e 17 anos são 2,4%. São do sexo masculino 50,9% e, 49,1%, do feminino. Sobre o nível escolar, 36,4% possuem o ensino médio completo e/ou superior incompleto; 30% entre o ensino fundamental e médio incompleto; 22,6% (primário completo e/ou ensino fundamental); 6,2% são analfabetos e/ou têm o primário incompleto, enquanto 4,8% contam com o superior completo. Quanto à renda familiar, 72,1% acumulam de um a cinco salários mínimos; 22,1% (5 a 10), 3% (um salário), 2% (entre 10 e 20) e 0,7% (com mais de 20 salários).
