Silval desiste de depor e de confessar crimes na ação da Sodoma

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Karine Miranda/GD


A defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) protocolou na Justiça um pedido de cancelamento do reinterrogatório que estava marcado para a próxima terça-feira (13), na ação penal decorrente da 1ª fase da Operação Sodoma deflagrada em setembro de 2015. A expectativa era de que, nesse depoimento, Silval confessasse crimes cometidos à época em que era governador.

O pedido foi protocolado no dia 1º deste mês pelo novo advogado de Silval, Délio Lins e Silva Júnior, que entendeu ser desnecessário novo interrogatório neste momento. Porém, foi a própria defesa que havia solicitado, no final de maio, o reinterrogatório do ex-governador que está preso no Centro de Custódia da Capital desde o dia 17 de setembro de 2015 e vem negando com veemência todas as acusações imputadas a ele pelo Ministério Público, por outros réus, testemunhas e delatores da Sodoma.

A juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal e responsável pelas ações penais contra Silval ainda não decidiu se acata ou não o pedido da defesa.


Segundo ele, o cancelamento nada tem a ver com um acordo de delação premiada, possibilidade aventada nos bastidores depois que Silval emitiu uma nota em que garantiu que iria delatar seus crimes.
“Fizemos uma avaliação do processo e achamos desnecessário novo interrogatório, já que tem outro marcado para julho. Achamos desnecessários neste momento”, disse o advogado que assumiu a defesa do peemedebista há menos de 2 meses depois que a antiga banca de advogados deixou o caso em abril.

“Não estamos fazendo acordo de delação premiada. Não tem nenhuma tratativa com o Ministério Público. Foi apenas questão de avaliação estratégica”, reforçou.

Ainda segundo o advogado, Silval mantém o posicionamento de confessar crimes cometidos à época de governador, no que diz respeito às fraudes na concessão de incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento Econômico, Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

“Mantemos a mesma posição de confessar fatos pontuais e fazer isso em julho”, afirmou o advogado.

Silval está preso há um ano e oito meses, acusado de organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro nas operações Sodoma e Seven. Na Sodoma 1, em que houve o pedido de cancelamento do depoimento, Silval é acusado de receber propina de empresários para que não fosse cancelado o incentivo fiscal das empresas. O dinheiro era entregue ao ex-secretário Pedro Nadaf e repassado a Silval para pagar despesas de campanha.

O caso veio à tona depois da colaboração do empresário João Batista Rosa, que foi coagido a pagar R$ 2,5 milhões em propina. As investigações desta fase da Sodoma resultaram em novas denúncias e novas prisões. 

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