O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que, na reforma que fará em seu secretariado, acabará com a verticalização das secretarias, decretando o fim da famosa “porteira fechada” na distribuição de pastas entre os partidos.
“Não verticalizo mais secretaria nenhuma. Acabou essa história de o partido fazer o que quer dentro da pasta. Secretaria vai ter o secretário indicado pelo partido, e eu vou compor a secretaria”, afirmou.
Com a mudança, a sigla que comandar a secretaria não vai mais ter direito a indicar todos os cargos na estrutura da pasta – o “loteamento” agora será feito em conjunto com o governador, que pretende colocar pessoas da sua confiança e também do seu partido em todas as pastas.
Silval disse, ainda, que fará os anúncios de todos os novos secretários e da distribuição partidária nesta semana, antes do Natal.
Ele pediu paciência e disse que não revelará nada antes do tempo, a fim de evitar especulações e reações de aliados. “As negociações com os partidos estão bem adiantadas, mas não está tudo definido. Vou fechar a questão e então anunciar todos. Não vou anunciar ninguém antes, para não criar terrorismo internamente”, afirmou.
Até agora, a única alteração já admitida por Silval foi a ida do vice-governador Chico Daltro (PSD) para a Secretaria de Cidades, tirando a pasta da cota do PMDB.
Algumas outras mudanças já foram confirmadas por dirigentes e parlamentares. É o caso do PR que, de acordo com o presidente Wellington Fagundes, terá cinco pastas – Administração, Casa Civil, Transporte e Pavimentação Urbana, Indústria e Comércio, e Esportes e Lazer.
O PSD terá pelo menos três pastas – Cidades, Cultura, e Agricultura Familiar. O PP já perdeu a pasta de Esportes, e pode perder também a Saúde.
O PMDB ficará com a Assistência Social, Meio Ambiente, e Turismo, com possibilidades de assumir a Educação. O PT pode trocar a Educação pela Saúde.