Sexo depois dos 50: quando e com o que os homens devem realmente se preocupar

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Com a idade, as respostas sexuais do homem passam por mudanças, é fato. No entanto, não é o envelhecimento o vilão da perda da ereção ou do desejo sexual. A sexualidade em grande parte depende diretamente da postura de cada um perante a vida.

“Sempre digo aos meus pacientes que o pênis faz parte de seu corpo. Se um homem está com um estado de saúde geral muito debilitado ou se os fatores de risco para sua saúde andam se acumulando sem nenhum cuidado adicional, o pênis vai também sofrer os danos tanto ou mais do que o resto do organismo’, elucida o urologista Eduardo Bertero, membro do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

“Por isso, levar uma vida saudável é essencial para ter uma vida sexual longeva’, pontua o especialista. E levar uma vida saudável implica em entender o que acontece com o próprio corpo conforme os anos passam, se livrar de vícios e buscar suprir as necessidades do organismo. ‘Não beber em excesso, não fumar, praticar exercícios físicos e controlar diabetes, manter a pressão e colesterol em níveis normais, mantendo uma dieta balanceada’, enumera.

Depois dos 50, os homens em geral precisam de estímulos diferentes para obter uma ereção. Em vez do estímulo visual bastar, por exemplo, muitas vezes é preciso algum estímulo direto. Além disso, você pode precisar de mais tempo para ejacular, o que, longe de significar um problema, pode trazer um novo vigor para sua vida sexual.

Essa mudança, que se chama de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecida como andropausa, provoca uma redução gradual dos níveis de testosterona no sangue. E e essa baixa hormonal que pode provocar uma diminuição da libido e, até, disfunção erétil.

A primeira atitude a se tomar é procurar um urologista, que pedirá exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico de DAEM e checar a existência de outras patologias ligadas ao sistema reprodutor masculino, como câncer de próstata.

“O tratamento de primeira linha para disfunção erétil é um comprimido ingerido na demanda, geralmente uma hora antes do sexo pretendido’, explica Bertero. “No Brasil, a terapia é feita com quatro tipos de medicamentos: Sildenafila, Tadalafila, Lodenafila e Vardenafila. Todas atuam como ‘facilitadores’ da ereção, aumentando a circulação de sangue peniana naquele momento após estímulo sexual. Com esta forma de terapia conseguimos tratar 70 % dos casos. Naqueles homens que não obtêm sucesso com esta tratamento, optamos pelas injeções penianas e, como solução de último caso, a prótese peniana.’

No entanto, antes de iniciar o tratamento, o médico também deve observar a saúde do paciente como um todo. Isso porque nessa faixa etária, doenças como hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, obesidade e aumento do colesterol, também são comuns e podem igualmente provocar a disfunção erétil.

Estudos realizados pelo Instituto H. Ellis evidenciam que os homens procuram ajuda, em média, somente quatro anos depois que o problema começou a se manifestar. Isso demonstra o quão difícil é passar por cima do medo e da vergonha e procurar um médico para tratar da questão.

Seja qual for o problema, um diálogo franco com o parceiro é importante para evitar o desenvolvimento de quadros de ansiedade e de depressão, que podem comprometer ainda mais a atividade sexual.

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