Sindicato dos Servidores Penitenciário de Mato Grosso (Sindispen-MT) suspenderam as atividades não essenciais dentro da maior unidade prisional do estado, a Penitenciária Central (PCE), nesta terça-feira (25). A manifestação é para chamar atenção das autoridades ao baixo efetivo de servidores no local.
Em entrevista, o presidente do Sindispen, Amaury Neves, confirmou a paralisação das atividades, mas ressaltou que o movimento não vai afetar nada que coloque ‘a vida em risco’. “Ações de saúde, alimentação, tribunal, cumprimento de alvará, segurança das torres e outras ações vão continuar acontecendo”, lembrou.
Neves reforça que há ‘muita coisa acontecendo na PCE’, como por exemplo, obras de reforma e ampliação da unidade. “Dezenas de detentos estão trabalhando na reforma, há ainda uma grande movimentação de caminhões, carros, que entram e saem o tempo todo. A falta de efetivo dificulta o controle dessas ações”, lembrou.
Na sexta-feira (20), direção do sindicato já tinha levado essa demanda ao secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante. Amaury relembra que dentro da PCE estão presos de alta periculosidade, membros de facções criminosas e que, a qualquer momento, pode acontecer uma rebelião e que não há efetivo para conter.
Atualmente, a PCE conta com 2,4 mil reeducandos. A manifestação da categoria segue até sábado (28). Já no domingo, o trabalho volta ao normal, mas vai acontecer de acordo com a demanda e número de servidores para atendê-las. eportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que vai se manifestar em breve.