Servidores do INSS deflagram greve

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Servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) deflagraram greve por tempo indeterminado em todo o país, a partir desta terça-feira (07). Em Cuiabá, funcionários se reuniram em frente a sede geral do Estado, localizada na avenida Getúlio Vargas, para manifestação.

Falta de efetivo, estrutura precária das unidades e distorções da relação salarial são algumas das principais pautas do movimento. Segundo um dos membros do Comando de Greve de Mato Grosso, Patrick Barbosa da Silva, as reivindicações são debatidas há anos, no entanto, não houve respostas eficazes para a categoria.

“Esse movimento foi chamado de maneira oficial de âmbito nacional. Foram divulgadas as diversas tentativas de mais de cinco ou seis anos atrás, no qual a gente tenta negociar a cada uma destas pautas que se quer foram ouvidas. Não é só não atender, mas se quer abrir um canal de comunicação”.

Patrick destacou que servidores trabalham sob o déficit de quase 40% do efetivo. O que para ele, prejudica no atendimento à população que resulta em erros processuais e morosidade no sistema de apoio.

“Existe uma pauta enorme que temos, desde a estrutura da PS, a estrutura das gerências, as condições de trabalho. Para se ter uma ideia, o déficit de trabalho é quase a metade do que deveria ser, e estas questões todas para a sociedade uma demora gigante no processo e erros no processamento dos pedidos. E gera para nós, servidores, aquela preocupação efetiva com o atendimento”.

Outro ponto frisado pelo membro do Comando de Greve, está na aposentadoria de boa parte dos funcionários. De acordo com Patrick, cerca de 40% do efetivo do Estado já chegou na idade de se aposentar, no entanto, teme em perder benefícios de trabalho. O que pode resultar na perda salarial.

“Diversos colegas estão para se aposentar e não se aposentam por conta de distorções na relação salarial e no cálculo do valor do benefício, então tanto no que tange na estrutura física, as condições de trabalho e a tudo aquilo que pretendemos fazer tanto para nós, como para os usuários, que anos e anos vem tentando negociar para melhorar no Estado, melhorar as constituições com estrutura de poder e não conseguimos, chegou no momento que a gente não consegue mais”.

O movimento pretende fazer diversas manifestações pelo Estado para tentar sensibilizar os usuários quanto aos motivos da greve. “Nossa greve é por tempo indeterminado. Das 12 unidades no Estado, 11 já aderiram a paralisação e apenas cinco Estados ainda continuam com as atividades normais, mas em negociação para aderir o movimento também. Durante este tempo vamos fazer panfletagem em pontos estratégicos, para informar a população sobre o motivo da greve que brigamos há anos”.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria do INSS que, até o fechamento da matéria, não enviou nota em resposta ao movimento grevista no Estado. 
 

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