Servidores da educação mantêm greve e querem fechar rodovias e invadir Arena

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Welington Sabino/ GD
Otmar de Oliveira

Servidores da educação mantêm greve e vão radicalizar fechando rodovias; também é cogitada uma invasão às obras da Arena Pantanal

Em assembleia  da categoria com cerca de 3 mil servidores presentes, os professores da rede estadual decidiram continuar com a greve que já dura 53 dias e em resposta à pressão do governo que anunciou corte de ponto dos grevistas e demissão dos interinos, a categoria também vai radicalizar o movimento. Foi decidido no encontro, realizado na Escola Estadual Presidente Médice, que a partir do dia 15 deste mês eles vão fechar rodovias federais que cortam o Estado.

Mas essa data poderá ser adiantada para a próxima sexta-feria (11). Tudo vai depender do desenrolar das negociações, se é que vão acontecer, pois o governo já reafirmou que não fará nova proposta e cobra retorno imediato dos servidores às salas de aulas. 

Outra deliberação no encontro foi pela “invasão” e fechamento do Palácio Paiaguás, sede do governo do Estaodo e também das obras da Arena Panantal que está em construção, numa fase de atrasos, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mas foi foi definida uma data para essas 2 ações que são mais “ousadas”. Tudo vai depender se a negociação vai avançar ou não na próxima semana. 

O primeiro ato que marca essa posição mais dura, em resposta ao governo, é uma passeata neste final de tarde que sai do centro de Cuiabá em direção ao Centro Político, onde está o Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado. 

Essa decisão pela continuidade da greve já era esperada e não pega ninguém de surpresa, uma vez que o presidente Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento, disse no decorrer desta semana que a única coisa que encerraria a greve era uma nova proposta do governo. O ponto da discórdia permanece no prazo oferecido pelo governo, de maio de 2014, para pagar a primeira parcela de reajuste e também do escalonamento em 3 vezes da hora-atividade a ser implanatda também para os servidores contratados. O Sintep defende que o reajuste já entre em vigor neste ano e que a hora-atividade seja paga integralmente já no ano que vem. O governo resiste e diz que não tem recursos para isso, pois demandaria mais R$ 250 milhões, valor não disponível nos cofres para despesas de 2013.

Depois que foi divulgada uma nota pelo governo do Estado na segunda-feira (30 de setembro) mostrando o endurecimento contra os grevistas, com medidas drásticas como corte de ponto, demissão dos contratados e início de processo de contratação de novos servidores, a maior parte dos mais de 35 mil servidores que estão de braços cruzados se revoltou e afirmou que não iria ceder às pressões.

Novas ações

Ficou definida na assembleia desta sexta-feira que na próxima segunda-feira (07) será realizado o dia do barulho na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e assessorias pedagógicas. Serão realizadas manifestações nesses locais durante a manhã. Depois, na quarta-feira (09) haverá um café da manhã na Assembleia Legislativa. Os servidores em greve querem que o Legislativo Estadual se posicione oficialmente sobre a situação da greve. Se não houver avanços, a ideia dos grevistas é ocupar o local pernoitar para acomanhar a sessão matutina da quinta-feira (10). 

Também na quinta-feira à tarde haverá uma nova assembleia-geral seguida de ato público. Nesse caso já terá uma decisão se os bloqueios das rodovias terão início no dia 11 ou 15. Ainda não foi decidido quais as BRs que serão bloqueadas. Essa decisão será tomada de agora em diante à medida em que as negociações evoluírem, ou não. 

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