Servidores da educação realizam uma carreata na manhã desta terça-feira (15) contra o governador Mauro Mendes (DEM). Na pauta, o congelamento dos salários e o direito à eleição dos diretores das escolas. Os professores e funcionários saíram do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e passaram pelo Palácio Paiaguás, Ministério Público do Estado (MPE) e Tribunal de Contas do Estado (MPE).
“O governo do estado de Mato Grosso é aquele que busca precarizar a carreira dos trabalhadores da educação para precarizar o serviço público e não respeitar aquilo que foi conquistado à duras penas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Valdeir Pereira.
Um dos pontos de polêmica entre a categoria e o governo é a escolha dos diretores de escolas, que desde a década de 1990 era feita por eleições nas comunidades escolares, que foram adiadas pela atual gestão e agora suspensas, com substituição por processo seletivo para diretores.
Outra questão que foi alvo de buzinação, inclusive em frente à Assembleia Legislativa foi o cumprimento da lei 510/2013, aprovado no governo de Silval Barbosa, que previa a dobra do poder de compra, ou seja, o aumento dos salários acima da inflação, mas que não foi cumprido em 2019 e 2020.
“Sabemos do limite da pandemia, sabemos que se fosse outro contexto, os trabalhadores estariam mobilizados e quiçá estariam em uma segunda greve. Mas não podemos descansar um minuto sequer contra o governo do estado”, argumentou o presidente do Sintep.
De acordo com Pereira, a categoria também é contra o retorno das aulas presenciais. “Qualquer retomada às atividades às aulas presenciais é um risco para as nossas crianças. Entendemos a necessidade de interação com os nossos estudantes, mas não da forma como vem acontecendo, que tem excluído parcela dos nossos alunos”.