Sem salário nem perspectiva de ficar, Sampaio tem prazer no Verdão

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César Sampaio é um dos grandes ídolos da história do Palmeiras, sendo campeão da Libertadores de 1999 e bicampeão brasileiro e paulista em 1993 e 1994. Mas hoje o ex-volante trabalha no clube sem salário. Seu contrato como gerente de futebol acabou há uma semana e ele solicitou sua permanência no cargo mesmo de graça e ciente de que não deve ser mantido por Décio Perin ou Paulo Nobre, candidatos nas eleições presidenciais do dia 21. Ainda assim, alega ter prazer.

“Tem sido prazeroso trabalhar no Palmeiras em todos os momentos. Tem sido uma satisfação e um prazer”, declarou Sampaio, que assumiu a função de gerente em novembro de 2011. “Acima do contrato, há o compromisso com a marca como profissional. E como palmeirense, também quero o melhor para o clube. No que puder, vamos ajudar”, prometeu.

A sequência no cargo sem salário é uma prova de fidelidade a Arnaldo Tirone, tanto que o gerente ainda cogita uma tentativa de reeleição do presidente. E Sampaio segue trabalhando mesmo com as mãos atadas, já que o próprio Tirone acatou decisão do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) que deu ao COF o poder de analisar e vetar contratações até o dia 21.

Fernando Dantas/Gazeta Press
Ídolo do clube por passagens como volante na década de 1990, gerente de futebol trabalhará de graça por 21 dias
O dirigente também sabe que dificilmente continuará no clube. “Ninguém falou comigo. Se não optarem pela minha permanência, é natural uma nova gestão pôr alguém para trabalhar com mais segurança”, tentou entender, recusando, contudo, valorizar sua atitude de trabalhar de graça mesmo sem perspectiva de ficar no cargo.

 

“Não me entendo como um voluntário. Como gestor, tenho a responsabilidade de passar a realidade a quem assumir. Não estou trabalhando por favor”, ressaltou o dirigente, que já enviou a Tirone, ao vice-presidente Roberto Frizzo e ao COF documentos com o que foi feito em 2012, quando o time foi campeão da Copa do Brasil e rebaixado no Brasileiro, e o planejamento para 2013.

“O momento hoje é complicado, fizemos uma reformulação. Temos a responsabilidade direta de passar para quem ocupar o cargo onde está entrando e o que eu faria se continuasse, dar as diretrizes”, disse Sampaio, com disposição para convencer o COF a aprovar, ao menos, três reforços até a estreia do Paulista, no dia 20, no Pacaembu, contra o Bragantino.

“Não está sendo estressante para mim. Entendo que estamos agregando mais valor ao cargo e à posição. Estou decepcionado como todos pelo momento do Palmeiras e, por isso, temos que falar pouco e trabalhar”, sentenciou o ídolo que trabalhará por 21 dias de graça no Palmeiras.

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