Sem polemizar, presidente afirma que decisão sobre veto dos royalties “está na mão do Congresso”

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Destinar dinheiro do óleo para a educação é ‘condição para Brasil mudar de patamar’, diz Dilma

Do R7, com Agência Brasil

Antonio Cruz/06.03.2013/ABrDilma: se grana for para educação, País pode romper ‘amarras da qualidade’

A presidente Dilma Rousseff se eximiu nesta quarta-feira (6) da responsabilidade quanto ao futuro da divisão dos ganhos na exploração de petróleo e afirmou que a decisão sobre os vetos dela à nova regra de distribuição dos royalties do petróleo “está na mão do Congresso”.  

Em encontro com prefeitos e governadores, no Palácio do Planalto, Dilma preferiu não polemizar em torno do assunto quando foi questionada por jornalistas.  

— Eu vetei. Agora está na mão do Congresso.  



A presidente disse ainda que Brasil terá dificuldades para se desenvolver caso não vincule à educação os ganhos a serem obtidos com a exploração do petróleo do pré-sal.    

— Destinar royalties a participações especiais para a educação é condição para o Brasil mudar de patamar. Vamos botar os pingos nos ‘is’. Não dá [para desassociar o pré sal de investimentos na educação].  

Segundo ela, é por meio dessa estratégia que o País terá condição de romper “as amarras da [falta de] qualidade” e investir em creches, alfabetização na idade certa, ensino médio integral e formação profissional adequada.   

— Educação integral é caro. Mas se a gente não a fizer, não será com terrenos, construções e equipamentos [que daremos condições de o País se desenvolver]. Será, sobretudo, com salário e capacitação de professores.  

O Congresso Nacional deve votar hoje o veto da presidente ao projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo. No final do ano passado, Dilma vetou, no projeto aprovado pelo Congresso, a redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Dilma também determinou o investimento de 100% da renda com a exploração de petróleo para a educação. O veto provocou divergências entre Estados produtores e não produtores de óleo.  

Já o governador de Sergipe, Marcelo Déda, defendeu o diálogo como solução do impasse entre estados produtores e não produtores de petróleo, mas que é preciso uma nova regra de compartilhamento para que o acesso aos recursos viabilizem investimentos nos Estados e municípios, sem que haja perda de receita dos Estados produtores que contabilizaram os royalties na arrecadação.  

— Eu sempre defendi que encontrássemos um acordo capaz de, com rapidez, disponibilizar um valor maior de royalties do conjunto da federação e que fosse capaz de preservar contratos, leis, e não prejudicar os estados produtores.  

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressaltou que o tema faz parte do debate político.  

— Acreditamos que o Congresso Nacional vai tomar a melhor decisão. Nós vamos defender a postura da manutenção do veto.

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