Selma diz que foi ameaçada 15 dias antes de se aposentar

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Karine Miranda/ GD


A juíza aposentada Selma Arruda afirmou que 15 dias antes de deixar a magistratura voltou a receber ameaças. Ela se aposentou em março e teve uma carreira marcada por julgar políticos corruptos e organizações criminosas em Mato Grosso.

A revelação foi feita na última quinta-feira (6), durante coletiva de imprensa que marcou sua filiação ao PSL. Ela foi anunciada como pré-candidata ao Senado para a disputa das eleições deste ano.

João Vieira

Selma diz que foi ameaçada 15 dias antes de se aposentar

“Cerca de 15 dias antes de me aposentar, recebi a última ameaça. Então realmente é perigoso você entrar para a política, você tem que se expor. Andar sem escolta é muito perigoso”, disse.

No entanto, Selma não quis revelar pormenores do episódio. “Eu prefiro não detalhar, porque no mundo criminal, quanto mais divulga, mais você enobrece o criminoso”, afirmou.

Ela explicou ainda que, apesar de estar aposentada, tem o direito garantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de permanecer com escolta por algum tempo. Por isso, vai continuar andando acompanhada de seguranças.

“O tempo que o CNJ permite essa escolta varia de caso para caso. Imagino que no meu caso seja uma questão de meses. Ameaças cessam, você vê que não tem necessidade e pronto”, afirmou.

Além dos seguranças, a magistrada também possui porte de arma. Ela, inclusive, defende abertamente o uso de armas para sua própria defesa – uma das principais do PSL, a qual se filiou.

Segundo ela, as leis são “bonitas” no papel, mas não são aplicadas já que o Estado não consegue conter quem anda armado. Por isso, seria necessária a permissão do uso também por “pessoas de bem”.

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