O ministro Paulo Guedes (Economia) reuniu-se nesta 4ª feira (7.ago.2019) com o presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Roberto Leonel. Questionado sobre uma possível demissão de Leonel, o ministro disse que “se for o caso, sim”
Leonel foi indicado para o cargo pelo ministro Sergio Moro (Justiça) na época em que o Coaf ainda estava sob responsabilidade de sua pasta. Por decisão do Congresso, o conselho acabou transferido para a Economia.
A permanência de Leonel no cargo ficou ameaçada depois de ele ter criticado a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, de suspender investigações com base em dados do Coaf. Toffoli atendeu a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.
No domingo (4.ago), Bolsonaro foi questionado sobre o tema e disse que a decisão cabe a Guedes. Depois da reunião nesta 4ª, o ministro afirmou que a “solução” para o caso “é relativamente rápida” e deve ser tomada “até a semana que vem”.
Também na saída da reunião, Guedes disse que o Coaf é 1 órgão de controle e não de investigação e que é preciso que não haja mais suspeita. “Tenho certeza que Moro não usou o Coaf para investigar”, afirmou.