Santos e o ressurgimento no Campeonato Paulista

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Diante do Corinthians, neste domingo, às 16h, no Pacaembu, será a sexta vez em 11 anos que o Santos decidirá o Campeonato Paulista. De um time que não ganhava a nada, a um dos mais vitoriosos da década. Este é o Peixe, que passou maus bocados por quase 20 anos, mas viu em duas gerações talentosas nos anos 2000 o gostinho dos títulos novamente.

O começo do fim

Quem nasceu no final dos anos 60 e início dos anos 70 e virou santista, conseguiu ver ainda resquícios do final da ‘era Pelé’ no Santos e ainda teve a oportunidade de ver o clube ser campeão do Campeonato Paulista de 1978. Mal sabiam eles que seria a penúltima vez que o clube venceria um título considerado importante.

O retorno às taças seria apenas no Campeonato Paulista de 1984, já sem Pelé, mas com uma geração que tinha o uruguaio Rodolfo Rodriguez no gol, talvez autor da sequência de defesas mais espetacular da história do futebol, e Serginho Chulapa, até hoje o maior artilheiro da ‘era pós-Pelé’, com 104 gols. 

Com a vantagem do empate, o Peixe decidiria a taça com o Corinthians. Em um Morumbi lotado e um jogo tenso, aos 27 minutos do segundo tempo, Gilberto cruzou rasteiro do lado esquerdo, a bola percorre quase toda grande área, mas não passa pela canela de Chulapa. Gol do título e festa. E essa imagem acabaria sendo repetida várias vezes por anos, pois os santistas não veriam nada semelhante na década seguinte. 

Final dos anos 80 e anos 90

Da metade dos anos 80 em diante, o Santos só colecionaria fracassos no âmbito nacional e regional. Só em 1995, com a final do Campeonato Brasileiro, que os torcedores voltariam a ver o clube em uma decisão de fato. Porém, o vice-campeonato após um erro do trio de arbitragem impediu o grito de campeão sair da garganta. 

Chegando ao final da década, o Santos conseguiu retomar um pouco do prestígio de outrora e foi campeão das extintas taça Conmebol (reformulada, a competição se chamou Torneio Mercosul e agora é a atual Copa Sul-Americana) de 1997 e do Rio-São Paulo de 1998. Mas nada de times espetaculares com nos tempos do Rei. O time ainda bateu na trave no Campeonato Brasileiro de 1998, quando chegou à semifinal. 

Início dos anos 2000

Entramos no início dos anos 2000 e, pela primeira vez desde 1984, o time conseguiu ir à final do Campeonato Paulista. O rival seria o São Paulo após um jogo histórico contra o Palmeiras na semifinal – perdendo por 2 a 0, o Peixe reverteu o placar. O Santos tinha um bom time, porém não o suficiente para bater o Tricolor, que venceu o primeiro jogo na Vila Belmiro e empatou o segundo por 2 a 2 no Morumbi. 

No ano seguinte aconteceu, talvez, uma das piores tragédias da história do clube. com a vantagem de dois empates na semifinal diante do Corinthians, o Santos empatou o primeiro jogo e só precisava de mais um resultado a seu favor para ir à final pelo segundo ano seguido. Aos 47 minutos do segundo tempo, Gil cruzou e Ricardinho marcou o gol da vitória e tirava os santistas da decisão. Mal sabiam os santistas que ali seria um dos poucos momentos de tristeza durante a década.
 
Pois o destino sorriu para o clube nos anos seguintes. Bicampeão do Campeonato Brasileiro, em 2002 e 2004, a torcida voltou a sorrir com a geração liderada por Diego e Robinho. Mas ainda faltava o título do Paulistão, coisa que eles não conseguiram então. 

Em 2006, após mais alguns fracassos, o Campeonato Paulista foi disputado por pontos corridos e o Santos havia contratado Vanderlei Luxemburgo, demitido do Real Madrid no final do ano anterior. Com um time muito ajustado, que tinha Fábio Costa, Cléber Santana, Léo Lima, Kléber e Reinaldo, o treinador foi um dos responsáveis pela quebra do jejum diante da Portuguesa, na última rodada. Festa da torcida que, finalmente, via a equipe quebrar o jejum no Campeonato Paulista. E festa da torcida que via o clube ser campeão pela primeira vez da competição. 

O feito seria repetido em 2007, mas com mais dificuldade. O Peixe teve que suar para empatar por duas vezes com o Bragantino e precisou reverter a vantagem do São Caetano na segunda partida após perder a primeira por 2 a 0. Porém, o bicampeonato foi assegurado. 

O clube voltaria à final da competição em 2009, diante do Corinthians, de Ronaldo. o time que tinha Madson, Ganso, um jovem Neymar e Kléber Pereira não conseguiu superar o Timão em nenhum dos dois jogos – derrota na Vila Belmiro e empate no Pacaembu. Mais um vice-campeonato para a conta. 

Se 2009 foi um ano para o time ganhar experiência, 2010 foi o ano da redenção. O chamado melhor time do Brasil teve trabalho, mas superou o Santo André e colocou o 18º título da competição na conta. Além disso, ainda levou a Copa do Brasil.

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