O corte de 500 servidores terceirizados da Secretaria de Saúde do Estado resultou numa economia de cerca de R$ 2,5 milhões mensais aos cofres do Estado. A redução foi anunciada com “louvor” pelo secretário da pasta, Pedro Henry, que tenta ignorar as críticas a respeito das medidas polêmicas que tem tomado à frente do cargo.
Ao mesmo tempo em que afirma que não é do seu feitio demitir funcionários, o secretário é ríspido ao garantir que a redução de pessoal não fez diferença. “Os que foram não fizeram falta”, frisou. As exonerações foram uma das primeiras promessas de Henry logo que tomou posse na SES.
Ele assegura, no entanto, que a ideia é valorizar os servidores que exercem suas funções corretamente, e esse reconhecimento será dado assim que colocar a “casa em ordem”. “Estamos nos equilibrando, nos ajeitando”, disse.
Deputado federal licenciado, Henry assumiu a Saúde em janeiro deste ano em meio à forte resistência, principalmente da classe médica, em razão de alguns projetos, como a concessão da administração das unidades regionais às Organizações Sociais (OSs).
O argumento para a privatização é de que o sistema público de Saúde está falido e restou comprovado, segundo ele, que não consegue atender a demanda. A tese, porém, não convenceu os médicos que estão com as atividades paralisadas desde o dia 10 de março.