Saúde bucal pode ser adotada como marcador de risco para doença cardíaca

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Dados de um estudo global realizado por pesquisadores da Uppsala University, na Suécia sugerem que a saúde bucal pode ser um marcador de risco útil para doença cardíaca no futuro.

relatório demonstra que a saúde dental pobre, especialmente perda do dente, está associada a vários fatores de risco cardiovasculares estabelecidos, incluindo diabetes, tabagismo, pressão arterial, obesidade e outros fatores de risco novos.

Embora vários estudos tenham proposto uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca coronária, o conhecimento sobre a doença periodontal em pacientes com doença cardíaca estabelecida ainda é pequeno.

Os pesquisadores investigaram a prevalência de perda dentária e a ocorrência de sangramentos gengivais, como marcadores de doença periodontal, e sua relação com fatores de risco cardiovascular em pacientes de alto risco para doença cardíaca coronária que participaram do estudo STABILITY em andamento.

No início do estudo, 15.828 participantes de 39 países relataram seu número restante de dentes, categorizados como nenhum; 1 a 14; 15 a 19; 20 a 25 ou 26 a 32, e a frequência da hemorragia na gengiva dividida em nunca/raramente; às vezes; frequentemente ou sempre.

Dados sobre fatores de risco cardiovascular também foram obtidos, e análises estatísticas foram realizadas. Aproximadamente 40% dos participantes tinham menos de 15 dentes e 16% não tinham dentes; 25% dos indivíduos relataram ter sangramento de gengiva.

Para cada decréscimo no número de dentes, os investigadores observaram aumento dos níveis de Lp-PLA2, enzima que aumenta a inflamação e promove o endurecimento das artérias, bem como um aumento de outros marcadores de risco cardíaco, incluindo LDL, ou “mau” colesterol, açúcar no sangue, pressão arterial e circunferência da cintura.

Os participantes com menos dentes também tinham maior probabilidade de ter diabetes. Sangramentos na gengiva também estavam associados a níveis mais elevados de mau colesterol e pressão arterial.

O líder da pesquisa Ola Vedin adverte que os pesquisadores ainda estão incertos sobre o que está por trás da associação entre a perda do dente, a saúde da gengiva e saúde do coração. “Se a doença periodontal, na verdade, leva à doença coronária continua a ser indefinido. Pode ser que as duas condições compartilhem fatores de risco comuns de forma independente. Aqueles que acreditam que existe uma relação causal propõem várias teorias, incluindo a inflamação sistêmica, a presença de bactérias no sangue de dentes infectados e bactérias invasoras das placas coronárias”, afirma Vedin.

Segundo a equipe, estudos adicionais são necessários para desvendar o potencial da saúde periodontal como um marcador de risco útil para doenças do coração. Se pesquisas futuras puderem confirmar uma relação causal, os dentistas podem desempenhar um papel importante na avaliação do risco cardiovascular.

Os resultados foram apresentados na American College of Cardiology’s 62nd Annual Scientific Session.

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