O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), recebeu com naturalidade o posicionamento do procurador regional eleitoral Thiago Lemos, que emitiu parecer contrário ao deferimento do registro de candidatura dele. “Eu não esperava outra coisa. Não há elementos para que meu registro não seja deferido. Estou muito tranquilo”, frisou o progressista, que deve ter o caso julgado pelo pleno do TRE nos próximos dias. “Espero ter um julgamento isento e tenho certeza de que vou ter minha candidatura deferida”.
Ele argumenta que a cassação de seu mandato na última terça (29) por compra de votos no pleito de 2006 não pode ter reflexo na sua candidatura deste ano. Pontua que a lei eleitoral, neste caso, é muito clara ao prever que uma condenação posterior a data do registro não tem efeito neste julgamento. Além de se mostrar tranquilo quanto ao parecer do MPE, Riva ressalta que aguarda o julgamento de seus embargos declaratórios impetrados junto ao TRE para reverter a condenação por compra de votos.
A principal prova contra o parlamentar é uma agenda com anotações do então vereador por Santo Antônio do Leverger Edmar Galio, o Curi (PP), que supostamente comprava votos em nome de Riva. “Não há como me ligarem a este tipo de crime por causa de uma agenda feita por uma pessoa que me apoiava. Não tem sentido nenhum, mas respeito a decisão da Justiça”. Ainda conforme ele, se o TRE não acolher seus embargos declaratórios, sua defesa vai ingressar com um recurso ordinário junto ao TSE.