Riva diz que VLT, agora, é defendido pelos “oportunistas”

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O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), criticou, nesta terça-feira (16),  os políticos que eram contrários ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e passaram a defender o modal em virtude das eleições municipais.

Durante entrevista ao programa “Chamada Geral”, da Rádio Mega FM, Riva lembrou da sua luta isolada para a implantação do VLT – o sistema de transporte coletivo escolhido pelo Governo do Estado para a Copa do Mundo de 2014 – em Cuiabá e Várzea Grande.

“Me lembro da luta para inserir o VLT neste debate, pois não concordava com a implantação do BRT (Bus Rapid Transit) sem a discussão com a sociedade. Não usei essa questão em nenhum momento nesta campanha, como estranhamente fizeram alguns que sequer são favoráveis ao modelo, mas aproveitam o momento eleitoral por oportunismo”, afirmou o deputado.

Sem citar nomes, Riva afirmou que "alguns políticos do Estado" preferiram ficar ao lado dos empresários dos setores de combustível e pneus, que serão prejudicados com a implantação do VLT, "um modelo de transporte mais moderno, ágil e ecologicamente sustentável".

“A história vai mostrar que o VLT é o melhor para Mato Grosso. Eu sei o quanto custou esta defesa. Foram inúmeras as críticas, ameaças, xingamentos”, disse o deputado. 

"A história vai mostrar que o VLT é o melhor para Mato Grosso. Eu sei o quanto custou esta defesa. Foram inúmeras as críticas, ameaças, xingamentos."



Riva lembrou, ainda que, a consolidação do VLT percorreu um longo caminho até ser reconhecido como o melhor para Cuiabá. 

Em 2008, o deputado propôs a iniciativa, que foi vetada pelo Governo do Estado. Ele lembrou que, meses depois insistiu na proposta e, "com luta e determinação", conseguiu a mudança do sistema.

Segundo o parlamentar, vários empresários já demonstraram o desejo de ser concessionários do modelo, depois de implantado nas duas cidades. 

“Mas, esse discurso não era interessante para alguns. Porém, é preciso lembrar que, com o BRT, os ônibus devem ser substituídos a cada sete anos, haveria o custo com as desapropriações, gastos com combustível, pneus, o que o tornaria mais caro do que o VLT. Sabemos que esse discurso de alguns é bancado por grupos econômicos. O tempomostrará”, afirmou.

O modal

O Veículo Leve sobre Trilhos dura, em média, 30 anos. 

O trem pode ser aumentado conforme a demanda, com o acoplamento de novos vagões. 

Além disso, ele não polui o meio ambiente (não utiliza pneus e é movido à energia elétrica), é mais seguro, mais rápido e exige poucas desapropriações.

Polêmica na Justiça


Na semana passada, o Ministério Público Federal entrou com um novo recurso, no Tribunal Regional Federal/1ª Região, pedindo a paralisação, pela terceira vez, das obras do VLT na Grande Cuiabá.

O recurso foi ajuizado pela Procuradoria Regional da República – órgão de segunda instância do MPF – na segunda-feira (8) e deve ser julgado na próxima sessão da Corte Especial do TRF, prevista para o próximo dia 18 (quinta-feira).

Segundo o procurador Carlos Frederico Santos, autor do recurso, não é a liminar que ordenou a paralisação das obras que irá prejudicar a ordem e a economia públicas, e sim a implantação do VLT

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